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Hackers sequestram dados de uma das maiores corretoras do mundo

Criminosos pedem o pagamento de 6 milhões de dólares pelo resgate de mais de 5 GB de dados roubados da Travelex

Ataque hacker: corretora britânica é a nova vítima de invasores virtuais (Flickr/Reprodução)
RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 10 de janeiro de 2020 às 14h15.

Última atualização em 10 de janeiro de 2020 às 18h52.

São Paulo - Dados de uma das maiores corretoras do planeta estão sendo mantidos reféns por hackers . A invasão dos sistemas da empresa britânica Travelex ocorreu no último dia do ano passado e, desde então, a companhia tenta recuperar suas informações sequestradas.

Reportado pela BBC, o caso envolve o pagamento de 6 milhões de dólares para que sejam recuperados mais de 5 GB de “valiosos dados de consumidores” retirados sem permissão.

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Conforme relatado, os hackers disseram ter acesso aos sistemas da empresa meses antes do ataque. Agora, eles ameaçam vender as informações para terceiros caso um “resgate” não seja pago. O valor pedido gira em torno de 6 milhões de dólares e o prazo para pagamento vai até 14 de janeiro.

Não há muitos detalhes sobre o conteúdo roubado. O que se sabe até agora é que as informações contemplam nomes, datas de nascimento e números de cartões de crédito de clientes da corretora.

Em pronunciamento oficial, a Travelex afirmou que “detectou que um software infectado com vírus estava comprometendo os serviços” e que, após a descoberta, “todos os sistemas foram tirados do ar para evitar que o vírus se espalhasse por toda a rede.”

O arquivo malicioso em questão é um ransomware chamado de Sodinokibi. O programa pode criptografar uma grande quantidade de dados, impedindo que o usuário consiga acessá-los. É como um cadeado digital.

A cada dia que passa, a invasão vem causando prejuízos para o negócio. Segundo a BBC, a companhia vem operando “offline” com seus funcionários utilizando papel e caneta para realizarem contas de conversão de moedas. O impacto também atinge bancos comoBarclays, Royal Bank of Scotland e o HSBC. Todos trabalham de alguma forma com a corretora.

Em nota enviada para a Exame , a empresa informou que o ataque não afetou os serviços prestados no Brasil . "Por fazer uso de sistemas independentes, tanto as operações como os clientes locais não foram impactados". A companhia também ressaltou que está "tomando as ações necessárias para resolver a situação, incluindo a instauração de uma investigação aprofundada."

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