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Hackers invadem milhares de webcams e publicam vídeos na web

Mais de 8 mil webcams, câmeras de vigilância e babás eletrônicas foram invadidas em 250 países e têm suas imagens exibidas ao vivo num sinistro site russo

Espionagem: alguns usuários de webcams perceberam que estavam sendo observados (Mateusz Stachowski / FreeImages)

Maurício Grego

Publicado em 21 de novembro de 2014 às 11h04.

São Paulo -- Sabe aquela webcam em seu computador, a câmera IP de vigilância em seu prédio e as babás eletrônicas que enviam imagens pela internet ? Um sinistro site russo vem divulgando imagens captadas por milhares de câmeras como essas instaladas em 250 de países, incluindo o Brasil.

As câmeras foram invadidas pelos hackers , que passaram a ter acesso às imagens, afirma, em seu blog, o Comissariado para a Informação do governo britânico. Quem entra no site pode ver cenas ao vivo de escritórios, ruas, academias de ginástica e até quartos de criança.

Alguns usuários parecem ter notado que estavam sendo espionados. Uma jovem escocesa contou ao site Daily Record que viu sua webcam entrar em funcionamento enquanto via um filme no banheiro.

“É apavorante pensar que pessoas estão me observando sem eu saber. Fico me perguntando quantas vezes fizeram isso”, disse ela.

Segundo a Kaspersky, empresa especializada em segurança digital, 291 câmeras listadas no site ficam no Brasil. Outras 4.591 estão nos Estados Unidos, 2.059 na França e 1.576 na Holanda – os três países com maior número de dispositivos invadidos.

Algumas dessas câmeras, embora sejam listadas, parecem não estar mais transmitindo imagens, informa uma reportagem da BBC.

Senhas fracas

O Comissariado para a Informação britânico diz que os hackers provavelmente usaram a senha padrão, que vem pré-configurada na câmera, para assumir o comando dela. Isso não teria acontecido se os donos trocado a senha por outra difícil de adivinhar.

Segundo a BBC, as informações listadas pelos hackers indicam que a marca de câmeras mais invadida é a chinesa Foscam. Mas há também equipamentos da Panasonic e da Linksys na lista, entre outras marcas.

A BBC ouviu esses três fabricantes. Eles disseram que suas câmeras atuais emitem avisos recomendando que os usuários alterem a senha padrão. Mas esse cuidado não existe em modelos mais antigos que continuam em uso ao redor do mundo.

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As câmeras foram invadidas pelos hackers , que passaram a ter acesso às imagens, afirma, em seu blog, o Comissariado para a Informação do governo britânico. Quem entra no site pode ver cenas ao vivo de escritórios, ruas, academias de ginástica e até quartos de criança.

Alguns usuários parecem ter notado que estavam sendo espionados. Uma jovem escocesa contou ao site Daily Record que viu sua webcam entrar em funcionamento enquanto via um filme no banheiro.

“É apavorante pensar que pessoas estão me observando sem eu saber. Fico me perguntando quantas vezes fizeram isso”, disse ela.

Segundo a Kaspersky, empresa especializada em segurança digital, 291 câmeras listadas no site ficam no Brasil. Outras 4.591 estão nos Estados Unidos, 2.059 na França e 1.576 na Holanda – os três países com maior número de dispositivos invadidos.

Algumas dessas câmeras, embora sejam listadas, parecem não estar mais transmitindo imagens, informa uma reportagem da BBC.

Senhas fracas

O Comissariado para a Informação britânico diz que os hackers provavelmente usaram a senha padrão, que vem pré-configurada na câmera, para assumir o comando dela. Isso não teria acontecido se os donos trocado a senha por outra difícil de adivinhar.

Segundo a BBC, as informações listadas pelos hackers indicam que a marca de câmeras mais invadida é a chinesa Foscam. Mas há também equipamentos da Panasonic e da Linksys na lista, entre outras marcas.

A BBC ouviu esses três fabricantes. Eles disseram que suas câmeras atuais emitem avisos recomendando que os usuários alterem a senha padrão. Mas esse cuidado não existe em modelos mais antigos que continuam em uso ao redor do mundo.

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