Tecnologia

Hackers contam por que derrubaram Xbox Live e PSN

Os autores do ataque que derrubou as redes de jogos Xbox Live e PlayStation Network no Natal dizem que agiram por diversão


	Sony e Microsoft: as duas empresas sofreram ataque massivo no Natal
 (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

Sony e Microsoft: as duas empresas sofreram ataque massivo no Natal (Jonathan Alcorn/Bloomberg)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 26 de dezembro de 2014 às 21h55.

São Paulo -- Muita gente que ganhou um console para jogos Xbox ou PlayStation no Natal teve problemas para estreá-lo. Um massivo ataque hacker deixou fora do ar as redes de jogos Xbox Live e PlayStation Network por várias horas. O grupo hacker Lizard Squad divulgou ser responsável pelo ataque e deu uma entrevista ao site Winbeta.

Esse ataque às redes da Microsoft e da Sony não foi uma invasão. Foi o que se chama de ataque de negação de serviço. Nesse tipo de ação, computadores comandados à distância pelos hackers inundam os servidores-alvo com um número muito alto de requisições de dados. A sobrecarga trava os servidores temporariamente.

Os líderes do Lizard Squad se comunicaram com Michael Archambault, do Winbeta, através de uma conexão de dados criptografada. O grupo se vangloriou, no Twitter, de que seria impossível rastreá-lo.

Archambault diz que confirmou, de várias maneiras, que estava mesmo falando com líderes do Lizard Squad. Veja cinco coisas que eles disseram:

1. Por diversão

O grupo resolveu derrubar a Xbox Live e a PSN “por diversão”. Depois, os hackers decidiram que sua missão era dar uma lição na Microsoft e na Sony para que essas empresas passassem a ser mais cuidadosas com a segurança.

2. Dia de Natal

O Lizard Squad escolheu o Natal para o ataque porque, nessa data, a ação “atingiria uma quantidade maior de pessoas e as deixaria furiosas”.

3. A mais fácil

Segundo os hackers, a rede da Microsoft foi muito mais fácil de derrubar que a da Sony. Vale lembrar que a PlayStation Network sofreu uma devastadora invasão de hackers em 2011. Parece que a Sony reforçou a segurança depois disso.

4. Nintendo

O grupo diz que chegou a pensar em atacar também a rede da Nintendo, mas desistiu. Os hackers não disseram por que.

5. Até a Nasdaq?

Archambault perguntou aos hackers se eles pensavam em atacar outros alvos. Um deles respondeu que poderia derrubar a bolsa de valores americana Nadaq se quisesse prejudicar a economia. Mas acrescentou que esse não é o objetivo deles.

Acompanhe tudo sobre:crimes-digitaisEmpresasEmpresas americanasEmpresas japonesasempresas-de-tecnologiaGamesHackersIndústria eletroeletrônicaInternetMicrosoftPlayStationseguranca-digitalServiços onlineSonyTecnologia da informaçãoXbox

Mais de Tecnologia

Novo app permite instalar jogos retrô da Nintendo no iPhone; saiba como

Neuralink, de Elon Musk, fará teste de implante cerebral em novo voluntário

Contra Huawei, Apple corta preço de iPhone na China

TikTok passa a testar vídeos de 60 minutos e acirra disputa com YouTube

Mais na Exame