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Greve paralisa operações da Amazon na Itália nesta segunda-feira

Trabalhadores do setor de logística prometem paralisar as operações da varejista online por 24 horas, por melhores condições de trabalho

Protesto contra a Amazon na Itália em novembro de 2020: o país é um dos maiores mercados da varejista (ALBERTO PIZZOLI/AFP/Getty Images)
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Filipe Serrano

Publicado em 22 de março de 2021 às 06h00.

Última atualização em 22 de março de 2021 às 12h05.

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Os trabalhadores da Amazon na Itália fazem nesta segunda-feira uma paralisação nacional de 24 horas para protestar contra as condições de trabalho da varejista online americana. A greve é organizada pelos sindicatos de trabalhadores do setor de transporte de carga e logística e deve paralisar as operações da Amazon em um dos maiores mercados da empresa na Europa.

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Ao todo, a Amazon emprega cerca de 8.500 trabalhadores na Itália. E é a primeira vez que é realizada uma greve em nível nacional contra a empresa na Europa. A paralisação envolve principalmente os trabalhadores dos depósitos e centros de distribuição da Amazon, bem como empresas terceirizadas que fazem as entregas dos produtos.

Os trabalhadores pedem melhores condições de trabalho, como redução de jornada de trabalho para os motoristas da empresa, cumprimento de regras de saúde e segurança, aumento do vale refeição, entre outras demandas.

Presente na Itália desde 2010, a Amazon se tornou a maior empresa de comércio eletrônico no país, com um faturamento de aproximadamente 4,5 bilhões de euros em 2019. A empresa tem seis centros de distribuição no país -- dois deles foram inaugurados em 2020. De acordo com a varejista, 5,8 bilhões de euros foram investidos pela empresa nas operações italianas entre 2010 e 2019.

A paralisação nesta segunda ocorre em meio a um novo lockdown na Itália que deve durar até pelo menos o dia 6 de abril. As medidas foram tomadas pelo governo italiano na semana passada em meio a um aumento do número de casos de covid no país, que pode levar a uma terceira onda da pandemia. Para muitos consumidores na Itália – e em todo o mundo – o comércio eletrônico se tornou o principal meio de consumo, por causa das restrições de circulação. e a greve dos trabalhadores da Amazon tende a mostrar como a dependência do comércio eletrônico se tornou ainda maior.

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