Tecnologia

Governo quer reduzir custo de ligações de fixo para móvel

Ministro das Comunicações Paulo Bernardo afirmou que governo estudo reduzir gradativamente a taxa

Tendências apontadas na pesquisa estarão presentes em todos os pontos de contato com os consumidores nos próximos anos (Getty Images)

Tendências apontadas na pesquisa estarão presentes em todos os pontos de contato com os consumidores nos próximos anos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2011 às 22h53.

Rio de Janeiro - O governo estuda reduzir progressivamente uma importante taxa cobrada pelas operadoras de telefonia móvel de operadoras fixas, disse nessa quarta-feira, 14, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Segundo ele, a redução da taxa de interconexão chamada de VUM está sob análise do governo, porque não há mais necessidade de manter a cobrança. A taxa foi criada na época da privatização do setor de telecomunicações para a estimular a expansão da telefonia celular no Brasil e os investimentos nas redes móveis.

Com mais celulares do que habitantes, cerca de 220 milhões de telefones móveis contra 194 milhões de habitantes, o governo julga que não há mais motivos para se manter a VUM, que chega a 47 centavos de real por minuto falado nas ligações de telefones fixos para móveis.

A avaliação do governo acontece também em um momento em que grupos de telecomunicações estão integrando suas operações de telefonia fixa e móvel no país.

“Nós começamos o estudo para revisão e, provavelmente, vamos mexer nisso… A operadora vai receber um valor gradativamente menor”, disse Bernardo a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.”Não vamos fazer isso da noite para o dia para não prejudicar as empresas, vamos fazer uma regra de transição. Isso pode baratear a ligação porque quem paga é o usuário”, acrescentou o ministro.

Bernardo descartou ainda a possibilidade do governo ampliar o pacote de isenções fiscais e tributárias para a expansão da infraestrutura de telecomunicações e produção nacional de redes de telefonia. Recentemente, o governo delineou um pacote para estimular esse setor e a renúncia fiscal, incluindo tributos como PIS e Cofins, deve atingir R$ 4 bilhões até 2014.


Empresas do setor de telecomunicações querem também desonerações para o segmento de serviços, mas Bernardo afirmou que o tema não está em discussão no Planalto. ”Nós queremos mais qualidade no serviço. O tributo com mais peso na Telecom é ICMS (imposto estadual) e não vamos discutir isso”, afirmou.

Leilão 4G. O ministro garantiu que o governo vai manter para o ano que vem o leilão de espectros para telefonia celular 4G, apesar das queixas das operadoras de que ainda é cedo para a implantação dessa tecnologia no país.

Ele lembrou que o governo tem compromisso de oferecer a tecnologia 4G pelo menos nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. O serviço precisa entrar em teste pelo menos 12 meses antes.

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