Processador da Qualcomm: expectativa é que a validação comercial da tecnologia ocorra ainda este ano e o produto seja vendido no início de 2015 (Brent Lewin/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 17h40.
Brasília - A empresa norte-americana Qualcomm assinou nesta quinta-feira dois memorandos de entendimento com o governo brasileiro para reduzir o déficit comercial do Brasil no setor de semicondutores e iniciar a validação de uma nova tecnologia de produção de smartphones no País.
Um dos memorandos pretende validar e fabricar uma inovadora tecnologia de produção de smartphones em colaboração com empresas do setor que possuem fábricas no Brasil.
O presidente da Qualcomm na América Latina, Rafael Steinhauser, não quis dar mais detalhes sobre a inovação, mas observou que ela deve impactar o tamanho, a velocidade, o custo e a performance dos smartphones e já foi desenvolvida.
A expectativa é que a validação comercial da tecnologia ocorra ainda este ano e o produto seja vendido no início de 2015, segundo o secretário-executivo do ministério do Desenvolvimento, Ricardo Schaefer.
Duas empresas do setor que possuem fábricas no Brasil já foram escolhidas pela companhia norte-americana para testar a tecnologia, mas o secretário não pôde dar mais detalhes, por razões concorrenciais.
O secretário disse também que um grupo de trabalho entre o Ministério do Desenvolvimento e a multinacional será criada para definir metas e objetivos para a inserção do Brasil na cadeia de produção global, para atrair investimentos e diminuir o déficit comercial do setor, que chega a 12 bilhões de dólares ao ano, de acordo com Schaefer.
"A Qualcomm vai nos ajudar a definir quais são nossos alvos dentro dessa cadeia no pais a as condições que precisamos criar para que esses investimentos venham efetivamente", disse o secretário.
Apesar da cooperação com o governo brasileiro, não haverá transferência de tecnologia às empresas brasileiras, já que a Qualcomm não possui fábricas. "Não fabricamos... encontramos e desenhamos redes de parcerias", acrescentou Steinhauser.