Redatora
Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 09h29.
O governo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, está explorando maneiras de permitir que o TikTok permaneça disponível no país caso o banimento do aplicativo, previsto para 19 de janeiro, seja confirmado. A informação foi divulgada pela NBC News, que ouviu três fontes familiarizadas com o tema.
Se a decisão de banir a plataforma avançar, isso ocorreria antes do último dia do mandato de Biden. O assunto, no entanto, cairia para o próximo presidente, Donald Trump, que será empossado em 20 de janeiro. Trump tem sinalizado que não pretende levar adiante a proibição do TikTok.
O futuro conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Mike Waltz, afirmou à Fox News que o presidente eleito está preparado para intervir e preservar o acesso dos usuários americanos ao aplicativo. Pam Bondi, indicada como secretária de Justiça e futura procuradora-geral, evitou se comprometer com o banimento.
No mês passado, Trump solicitou à Suprema Corte o adiamento do banimento, argumentando que o futuro presidente deveria buscar uma solução negociada.
Nem Biden nem Trump sempre foram defensores da permanência do TikTok no território americano. Durante seu primeiro mandato, Biden tentou banir o aplicativo, mas não obteve sucesso. No entanto, no último ano, ele lançou uma campanha para "salvar o TikTok".
Por outro lado, Biden também assinou o decreto de expulsão do aplicativo enquanto aprovava ajuda financeira de US$ 95 bilhões para Ucrânia e Israel.
Já Trump, no passado, pressionou pela separação do TikTok da empresa-mãe chinesa ByteDance, mas agora busca evitar a interrupção dos serviços da plataforma nos EUA.
A legislação vigente exige que o TikTok se separe da ByteDance e encontre um comprador internacional até domingo, 19 de janeiro. A regra permite, no entanto, que o presidente americano estenda o prazo por mais um dia caso haja "progresso significativo" nas negociações.
Enquanto o TikTok mantém sua sede em Singapura, a ByteDance está localizada em Pequim, na China. A justificativa do governo americano para o banimento baseia-se na alegação de que dados de cidadãos dos EUA poderiam ser acessados pelo governo chinês ou usados para influenciar a opinião pública ao controlar o conteúdo exibido no aplicativo.
O futuro do TikTok nos Estados Unidos reflete não apenas tensões internas, mas também as relações entre EUA e China. A decisão sobre o aplicativo evidencia como a disputa tecnológica e geopolítica influencia diretamente o mercado de tecnologia e o uso de plataformas por milhões de pessoas.