Presentes e cartões deixados por chineses na sede do Google, em Pequim: nove meses depois, Twitter volta a aparecer no site de buscas
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2010 às 11h57.
São Paulo - Desde junho do ano passado, quando se aproximava o vigésimo aniversário do Massacre da Praça da Paz Celestial, a China ordenou que os resultados do Twitter fossem removidos da busca do Google.
O temor do governo chinês era que ocorressem manifestações contrárias à sua política pelo serviço de microblog, como já havia ocorrido durante as eleições iranianas no mesmo mês.
Agora, porém, com a iniciativa do Google em acabar com a censura na web, os resultados voltaram a fazer parte das pesquisas online para os chineses, segundo jornais americanos.
De acordo com o Los Angeles Times, nem todos os tuítes são exibidos, sugerindo que apenas as mensagens mais relevantes, isto é, as que são relacionadas aos temas mais acionados na rede, constam nos resultados.
Desde segunda-feira, os usuários chineses estão sendo redirecionados para a versão do Google Hong Kong, que não depende da aprovação de conteúdos por parte do governo.
A medida foi considerada uma traição pela China, que, desde terça-feira, bloqueia parte dos links do "novo" buscador.
A briga da companhia americana com o governo chinês envolve supostos ataques de crackers, censura online e uma série de conflitos que remete à relação já estremecida entre Estados Unidos e China.
O Google, porém, diz que sua decisão foi tomada por executivos da empresa, sem qualquer influência do governo do país.