Google compra DoubleClick por US$ 3,1 bilhões
Aquisição marca avanço da companhia no mercado de publicidade online
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h32.
O Google anunciou, nesta sexta-feira (13/4), a compra da DoubleClick por 3,1 bilhões de dólares. A empresa é especializada no desenvolvimento de ferramentas para publicidade online e também gerencia a exposição dos tradicionais banners em alguns dos principais sites do mundo, como o da comunidade virtual MySpace, a America Online e o jornal The Wall Street Journal.
O acordo foi assinado com os atuais controladores da companhia, o fundo de private equity Hellman & Friedman e o JMI Equity. A expectativa é de que o negócio seja concluído até o final do ano. "É nossa visão tornar o mercado publicitário online melhor, menos intrusivo, mais eficiente e mais útil. Junto com a DoubleClick, o Google fará isso pelos usuários, anunciantes e criadores de conteúdo", afirmou Sergey Brin, co-fundador do Google, em comunicado à imprensa.
Com a compra da empresa, a posição de dominância do Google na publicidade online torna-se ainda maior. Dos 10,6 bilhões de dólares que a companhia faturou no ano passado, 97% vieram dos links patrocinados, os pequenos anúncios em formatos de texto que são atrelados ao resultado das buscas. Agora, o Google poderá também exibir o formato mais tradicional de publicidade: os banners que normalmente aparecem na parte superior das páginas da internet.
Além da consolidação no mercado publicitário online, o negócio também marca uma vitória importante contra a Microsoft, que estava havia semanas disputando com o gigante das buscas a compra da DoubleClick. Embora tenha investimentos na área de busca e de publicidade há vários anos, a empresa fundada por Bill Gates ainda amarga o terceiro lugar desse lucrativo mercado. Depois do Google, o principal operador de publicidade online é o Yahoo!
Durante a bolha da internet, a DoubleClick era uma das estrelas dos novos negócios na rede. A empresa foi uma das pioneiras na criação de novas formas de medição de resultados na publicidade na rede. Mas, com a desilusão dos investidores com os negócios ponto-com e a não-materialização do crescimento esperado, as ações da empresa despencaram. Dois anos atrás, ela deixou a bolsa eletrônica Nasdaq para ser gerida por dois fundos de participações.