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Google Brasil irá focar em cloud computing e aplicativos empresariais

Hoje, a empresa tem cinco áreas de negócios, todas apoiadas na venda de publicidade on-line: buscas, display advertising, empresas, rede social e mobilidade

O foco nessas metas é o grande diferencial do Google em relação a outras empresas, diz diretor local da companhia (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2011 às 20h47.

São Paulo - A gestão do novo diretor-geral do Google Brasil, Fabio Coelho, não deve ser marcada por diferenças profundas em relação a seu antecessor, Alexandre Dias. Há pouco mais de dois meses no cargo, o executivo afirma que seu principal objetivo será fazer com que as demais operações da companhia no país, principalmente as voltadas para o mercado corporativo, cresçam.

Hoje, a empresa tem cinco áreas de negócios, todas apoiadas na venda de publicidade on-line: buscas, display advertising, empresas, rede social (Orkut) e mobilidade.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 4, Coelho afirmou que pretende voltar as atenções para os negócios de cloud computing e aplicativos para empresas. Para isso, diz, "o Google oferece a capacidade de integração entre seus vários serviços, a possibilidade de atingir o maior número de pessoas possível e o baixo custo".

Ele afirma, entretanto, que esse é um plano de longo prazo, a ser desenvolvido em parceria com os futuros clientes – o primeiro cliente corporativo de sua gestão, por sinal, é a Anhanguera Educacional, companhia hoje presidida por seu antecessor, Alexandre Dias.

Coelho nega que tenha sido procurado pelo Google com o claro objetivo de fazer o segmento corporativo crescer, mas para dar continuidade à política vigente na matriz mundial da empresa: desenvolver produtos que alcancem escala suficiente para que os usuários tragam receita conforme a adesão, sempre com o enfoque na venda de espaço para venda de publicidade.

Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil, conta que quando a empresa saiu em busca de um novo diretor-geral, o objetivo era achar "um grande gestor que conhecesse bem o mercado".

Ele conta que a companhia tem 300 funcionários no Brasil (dois terços deles em São Paulo, onde ficam os escritórios comerciais e de vendas; a divisão de desenvolvimento, que tem cerca de cem pessoas, fica em Belo Horizonte), e era necessário alguém que conseguisse se adequar à "cultura Google de trabalho" e ainda atingir as metas de receita.

Coelho completa que o foco nessas metas é o grande diferencial do Google em relação a outras empresas. Segundo ele, a maioria das companhias se preocupa apenas com os ganhos operacionais ou com a geração de caixa, formas mais rápidas de se obter lucro operacional e ganho por ação. "Ajustar a mira para a geração de receita é o que permite que o Google continue crescendo sem precisar cortar gastos."

Sobre o fato de ser classificado como gestor, Coelho não acredita que isso faça do Google Brasil apenas um escritório de vendas, como acontece com a operação brasileira da maioria das empresas de TI. Ele defende que a companhia não exerce muita influência sobre os processos operacionais de suas filiais, apenas cobra metas trimestrais de cada uma delas. "Cada profissional tem o seu toque", conclu

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São Paulo - A gestão do novo diretor-geral do Google Brasil, Fabio Coelho, não deve ser marcada por diferenças profundas em relação a seu antecessor, Alexandre Dias. Há pouco mais de dois meses no cargo, o executivo afirma que seu principal objetivo será fazer com que as demais operações da companhia no país, principalmente as voltadas para o mercado corporativo, cresçam.

Hoje, a empresa tem cinco áreas de negócios, todas apoiadas na venda de publicidade on-line: buscas, display advertising, empresas, rede social (Orkut) e mobilidade.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, 4, Coelho afirmou que pretende voltar as atenções para os negócios de cloud computing e aplicativos para empresas. Para isso, diz, "o Google oferece a capacidade de integração entre seus vários serviços, a possibilidade de atingir o maior número de pessoas possível e o baixo custo".

Ele afirma, entretanto, que esse é um plano de longo prazo, a ser desenvolvido em parceria com os futuros clientes – o primeiro cliente corporativo de sua gestão, por sinal, é a Anhanguera Educacional, companhia hoje presidida por seu antecessor, Alexandre Dias.

Coelho nega que tenha sido procurado pelo Google com o claro objetivo de fazer o segmento corporativo crescer, mas para dar continuidade à política vigente na matriz mundial da empresa: desenvolver produtos que alcancem escala suficiente para que os usuários tragam receita conforme a adesão, sempre com o enfoque na venda de espaço para venda de publicidade.

Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil, conta que quando a empresa saiu em busca de um novo diretor-geral, o objetivo era achar "um grande gestor que conhecesse bem o mercado".

Ele conta que a companhia tem 300 funcionários no Brasil (dois terços deles em São Paulo, onde ficam os escritórios comerciais e de vendas; a divisão de desenvolvimento, que tem cerca de cem pessoas, fica em Belo Horizonte), e era necessário alguém que conseguisse se adequar à "cultura Google de trabalho" e ainda atingir as metas de receita.

Coelho completa que o foco nessas metas é o grande diferencial do Google em relação a outras empresas. Segundo ele, a maioria das companhias se preocupa apenas com os ganhos operacionais ou com a geração de caixa, formas mais rápidas de se obter lucro operacional e ganho por ação. "Ajustar a mira para a geração de receita é o que permite que o Google continue crescendo sem precisar cortar gastos."

Sobre o fato de ser classificado como gestor, Coelho não acredita que isso faça do Google Brasil apenas um escritório de vendas, como acontece com a operação brasileira da maioria das empresas de TI. Ele defende que a companhia não exerce muita influência sobre os processos operacionais de suas filiais, apenas cobra metas trimestrais de cada uma delas. "Cada profissional tem o seu toque", conclu

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