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Google aposta em computação quântica para batalha pela nuvem

O objetivo é estimular o desenvolvimento de ferramentas para a tecnologia com a finalidade de transformá-la em um serviço de computação em nuvem

Google: a empresa estuda formas de transformar o projeto em negócio (Peter Power/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2017 às 16h11.

São Francisco - Durante anos, a Google investiu tempo e dinheiro em um dos sonhos mais ambiciosos da tecnologia moderna: construir um computador quântico funcional. Agora, a empresa estuda formas de transformar o projeto em negócio.

A Google, da Alphabet, ofereceu a laboratórios científicos e pesquisadores de inteligência artificial acesso antecipado a suas máquinas quânticas pela internet nos últimos meses.

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O objetivo é estimular o desenvolvimento de ferramentas e aplicativos para a tecnologia com a finalidade de transformá-la em um serviço de computação em nuvem mais rápido e poderoso, segundo pessoas para as quais o plano foi apresentado.

Uma apresentação de slides da Google obtida pela Bloomberg News detalha o hardware quântico da empresa, incluindo um novo laboratório que a Google chama de “centro de dados quânticos embrionários”.

Outro slide presente no software exibe informações sobre o ProjectQ, uma iniciativa de código aberto para fazer com que os desenvolvedores escrevam código para computadores quânticos.

“Eles não escondem que estão criando um hardware quântico e que, em algum momento do futuro, o transformariam em um serviço de nuvem”, disse Peter McMahon, pesquisador de computação quântica da Universidade de Stanford.

Esses sistemas ampliam os limites de como os átomos e outras partículas minúsculas funcionam para resolver problemas com os quais os computadores tradicionais não conseguem lidar.

A tecnologia ainda está emergindo de uma longa fase de pesquisa e suas capacidades são muito debatidas. Ainda assim, os esforços incipientes da Google para comercializá-lo e medidas similares da International Business Machines estão iniciando uma nova fase de competição no mercado da nuvem, que cresce rapidamente.

Jonathan DuBois, cientista do Laboratório Nacional de Lawrence Livermore, disse que a equipe da Google tem sido clara em relação aos planos de abrir o mecanismo quântico por meio de seu serviço na nuvem e prometeu que o governo e os pesquisadores acadêmicos teriam acesso gratuito. Um porta-voz da Google preferiu não comentar.

Oferecer acesso antecipado e gratuito a um hardware especializado para despertar o interesse por ele é algo que se encaixa na estratégia de longo prazo da Google para expandir seu negócio de nuvem.

Em maio, a empresa apresentou um chip chamado Cloud TPU, que será alugado a clientes da nuvem na forma de serviço pago. Além disso, um número seleto de pesquisadores acadêmicos está recebendo acesso aos chips sem custos.

Enquanto os computadores tradicionais processam bits de informação como um ou zero, as máquinas quânticas usam “qubits” que podem ser um, zero ou algo no meio em determinado momento. Ainda não está claro se funciona melhor que os supercomputadores atuais. E a tecnologia ainda não é compatível com a atividade comercial.

Ainda assim, a Google e um número cada vez maior de outras empresas acreditam que isto transformará a computação ao processar algumas tarefas importantes milhões de vezes mais rapidamente.

O novo e gigantesco fundo Vision da SoftBank está buscando investimentos nesta área, e IBM e Microsoft trabalham nela há anos, junto com a startup D-Wave Systems.

A esperança no campo é que os computadores quânticos funcionais, se chegarem, terão uma série de utilidades, como a melhoria de painéis solares, a descoberta de medicamentos ou mesmo o desenvolvimento de fertilizantes.

Atualmente, os únicos algoritmos que rodam neles são bons para simulações químicas, segundo Robin Blume-Kohout, técnico da Sandia National Laboratories, que avalia o hardware quântico.

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