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Google aplica direito de ser esquecido apenas na Europa

Google só está removendo na Europa os resultados de buscas de sites quando indivíduos evocam "direito de ser esquecido", contrariando diretrizes dos reguladores


	Página inicial do Google: empresa irá revisar essa abordagem em breve, disse diretor-geral
 (Francois Lenoir/Reuters)

Página inicial do Google: empresa irá revisar essa abordagem em breve, disse diretor-geral (Francois Lenoir/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2015 às 18h48.

Bruxelas - O Google só está removendo na Europa os resultados de buscas de sites quando indivíduos evocam o "direito de ser esquecido", contrariando as diretrizes dos reguladores, mas irá revisar essa abordagem em breve, disse o diretor jurídico da empresa nesta segunda-feira.

A questão é qual o escopo da aplicação do chamado direito de ser esquecido, que foi foco dos reguladores da privacidade europeus desde que a principal corte do continente decidiu em maio que indivíduos poderiam pedir a remoção de resultados das buscas que forem considerados "inadequados, irrelevantes ou não mais relevantes".

O Google argumentou diversas vezes acreditar que a decisão deveria ser aplicada apenas a sites europeus, como o Google.de na Alemanha ou o Google.fr na França.

Mas um grupo de reguladores da privacidade de países da União Europeia concluiu em novembro que o Google deveria adotar a abordagem mundialmente devido à facilidade de acesso de um domínio global como o Google.com.

David Drummond, diretor jurídico do Google, disse que a abordagem da gigante da Internet não mudou desde novembro e irá revisá-la quando um grupo de especialistas publicar um relatório sobre o julgamento do ano passado, o que está previsto para ocorrer no fim deste mês.

"Tivemos uma abordagem básica, a seguimos, fizemos remoções devido a essa questão na Europa, mas não além", disse em evento em Bruxelas nesta segunda-feira.

Entre setembro e novembro, um conselho de assessoria, incluindo um ex-ministro da Justiça alemão e o fundador da Wikipedia Jimmy Wales, realizaram audiências públicas por toda a Europa para debater o equilíbrio entre privacidade e o fluxo livre de informações.

É esperado que seja publicado um relatório com suas conclusões no fim de janeiro para ajudar a informar o Google sobre a aplicação da lei.

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