Tecnologia

Google amplia acesso a arquivos do Holocausto

Google indexou cerca de 130 mil fotos e documentos, de vistos a listas de transporte e testemunhos de sobreviventes

Larry Page, Sergey Brin e Eric Schmidt, do Google (Divulgação)

Larry Page, Sergey Brin e Eric Schmidt, do Google (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 20h09.

Jerusalém - O Google lançou na quarta-feira um grande projeto de recuperação histórica com o museu nacional do Holocausto de Israel a fim de facilitar o acesso do público a documentos e fotos da era nazista.

O projeto foi apresentado na véspera do dia global de rememoração pelos 6 milhões de vítimas do Holocausto, que ocorre anualmente em 27 de janeiro.

Funcionários do Google e do museu Yad Vashem, criado no início da década de 1950, esperam que a Internet ajude a manter viva a lembrança da tragédia judaica, e que também possa agregar novas informações sobre o tema.

"Há muitas histórias importantes por aí. Se não as capturarmos, elas podem se perder", disse Yossi Matias, diretor de pesquisas e desenvolvimento do Google Israel.

Para evitar isso, sempre que as pessoas digitarem no Google o nome de vítimas do Holocausto, elas serão encorajadas a acrescentar ao arquivo detalhes que possuam sobre essas pessoas, ajudando a identificar fotos, por exemplo, disse Matias à Reuters.

Para colocar o projeto em prática, o Google indexou cerca de 130 mil fotos e documentos, de vistos a listas de transporte e testemunhos de sobreviventes, e outros milhares devem ser acrescentados posteriormente, disse Matias.

Muitos desses documentos estão disponíveis há décadas no museu de Jerusalém, e alguns já estão no site do Yad Vashem. Agora, eles ficarão mais acessíveis ao público em geral.

"Esse é um grande passo à frente, estamos aproveitando a tecnologia pelo benefício de milhões de pessoas no mundo todo, para permitir que elas tenham acesso a essa nova informação", disse Avner Shalev, diretor do Yad Vashem.

Shalev disse que o site do museu recebeu mais de 11 milhões de visitas em 2010, e espera que a parceria com o Google leve mais pessoas ao site e ajude a ampliar sua base de dados.

O museu também está recorrendo a redes sociais, como o Facebook, onde uma página especial do memorial foi disponibilizada nesta semana por ocasião do dia anual de memória do Holocausto.

Shalev disse que "não se trata só de não esquecer, mas de sermos ativos" na busca por mais informações sobre o assunto.

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