Geradoras de energia da China passam dificuldade com metas de CO2
O problema é o mais recente obstáculo que o país enfrenta em seu esforço para reduzir as emissões de gás de efeito estufa
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2014 às 12h14.
Algumas das maiores geradoras de energia da China estão enfrentando dificuldades para atender metas de redução de CO2 através do mercado de carbono de Xangai, não conseguindo comprar permissões o bastante para cobrir suas emissões diante da falta de oferta, disseram fontes.
O problema é o mais recente obstáculo que o país enfrenta em seu esforço para reduzir as emissões de gás de efeito estufa.
As quase 200 empresas no mercado de CO2 de Xangai, um dos seis montados no país, têm até o dia 30 de junho para entregar as permissões ao governo para cobrir o CO2 que emitiram no ano passado.
O governo distribuiu cerca de 160 milhões de permissões para os participantes do esquema em 2013, esperando que isso fosse o suficiente para que atingissem suas metas. Quem emitiu mais CO2 do que o coberto por suas permissões deve comprar mais no mercado.
Porém, segundo fontes, isso está se provando difícil para companhias como a Shanghai Electric Power, uma subsidiária da estatal China Power International (CPI), e a Huaneng Power International, outra geradora estatal.
A principal participante no mercado de Xangai é a Baosteel, que recebeu 37 milhões de permissões para 2013, ou quase um quarto do total no mercado de Xangai.
A companhia disse na semana passada que havia vendido 10 mil permissões em pequenos negócios, mas que não estava com pressa de vender mais.
"Temos que priorizar o atendimento (das metas) não apenas neste ano mas também nos próximos. Negociar com lucro não é nossa prioridade", disse um executivo da Baosteel que não quis se identificar.
Por Kathy Chen e Stian Reklev