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Fukushima: agência nuclear envia missão para verificar vazamento

Tóquio - Uma delegação da agência reguladora do setor nuclear visitará na manhã desta sexta-feira a central de Fukushima para constatar pessoalmente o vazamento de...

Fukushima (AFP)

Fukushima (AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.

Tóquio - Uma delegação da agência reguladora do setor nuclear visitará na manhã desta sexta-feira a central de Fukushima para constatar pessoalmente o vazamento de água radioativa, informou um porta-voz do órgão.

Um grupo de 15 pessoas - integrado pelo dirigente da agência Toyoshi Fuketa, outros nove funcionários e cinco especialistas independentes - deve chegar à usina às 11H00 local (23H00 Brasília de quinta) e permanecer na área por hora e meia.

O objetivo da visita é verificar as poças radioativas e outros problemas derivados do vazamento de 300 toneladas de água altamente contaminada de um depósito de mil toneladas.

A água se infiltrou no solo e, inclusive, chegou parcialmente ao oceano Pacífico, a mais de 500 metros do local.

O incidente foi classificado de "grave" pela agência reguladora, que na quarta-feira qualificou a situação de nível 3 na escala internacional de eventos nucleares, o que corresponde à emissão de importantes quantidades de substâncias radioativas.

A Tokyo Electric Power Co (Tepco), que opera a usina, realizou inspeções em outros 300 tanques similares e apesar de nenhum outro vazamento ter sido detectado, duas áreas são motivo de preocupação.

A delegação também deve examinar outro problema, a importante quantidade de água presa há mais de dois anos no subsolo entre os prédios dos reatores e o mar, um líquido que também vaza para o oceano há meses.

O plano é utilizar esta água, através de 28 poços de extração, para refrigerar combustível atômico fundido em três dos seis reatores de Fukushima.

O tsunami que atingiu Fukushima em março de 2011 provocou um colapso elétrico na central nuclear e paralisou a refrigeração dos reatores, iniciando um incidente de nível sete da escala Ines. O desastre de Chernobyl, em 1986, foi o único incidente que recebeu a mesma classificação.

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