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Facebook vai permitir que aplicativos copiem suas funções

Empresa cancelou a cláusula da proibição na política de uso da plataforma

. (Reprodução/Getty Images)

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São Paulo - O Facebook anunciou nesta quarta-feira (5) que não irá mais impedir que desenvolvedores copiem funções já existentes usando os recursos fornecidos pela empresa, como APIs e códigos. Isso significa que, agora, as pessoas poderão criar concorrentes para as funcionalidades do Facebook usando as ferramentas fornecidas pela própria rede social.

A proibição ainda pode ser encontrada na seção 4.1 da “Política de Plataforma do Facebook”. “Adicione algo único à comunidade. Não replique recursos básicos que o Facebook já fornece”, diz o informativo. Com essa premissa, o Facebook já baniu de sua plataforma diversos aplicativos por usarem recursos semelhantes aos de criação de vídeos, GIFs e mensagens, por exemplo. A medida protecionista era tida como uma estratégia para enfraquecer a concorrência.

Política era usada de maneira questionável

Em abril deste ano, o site TechCrunch publicou uma análise sobre como o Facebook usava a política da seção 4.1 de forma escusa para minar concorrentes após assimilar seus recursos à rede social e aos demais apps sob controle da empresa. Foi o caso da função “stories” no Instagram, muito semelhante ao recurso no qual é fundamentado o Snapchat, e o uso de hashtags, mundialmente popularizado pelo Twitter.

Entre os principais exemplos de uso de sua “Política de Plataforma” para banir apps após copiar seus recursos estão o caso das mensagens de voz desenvolvidas pelo Voxer e do “boomerang”, usado no Instagram e criado pelo Phhhoto. Ambos os aplicativos, juntamente com o Vine e o MessageMe, tiveram seu acesso ao recurso “Find Friends” (“Encontre seus Amigos”) cortados pelo Facebook. A funcionalidade permite que os usuários encontrem os amigos dentro do ambiente de outros aplicativos.

A mudança de posicionamento da empresa em direção a uma plataforma mais aberta reduzirá os riscos de desenvolver aplicativos dentro da empresa fundada por Mark Zuckerberg.

Ao TechCrunch, um porta-voz do Facebook explicou a decisão:

“Construímos nossa plataforma de desenvolvedores anos atrás para preparar o caminho para a inovação em aplicativos e serviços sociais. Naquele momento, decidimos restringir os aplicativos criados em cima de nossa plataforma, que replicavam nossa principal funcionalidade. Esse tipo de restrição é comum em toda a indústria de tecnologia, com diferentes plataformas tendo sua própria variante, incluindo YouTube, Twitter, Snap e Apple. Analisamos regularmente nossas políticas para garantir que elas protegem os dados das pessoas e permitem que serviços úteis sejam criados em nossa plataforma para o benefício da comunidade do Facebook. Como parte de nossa revisão contínua, decidimos remover essa política desatualizada para que nossa plataforma permaneça o mais aberta possível. Achamos que essa é a coisa certa a fazer quando as plataformas e a tecnologia se desenvolvem e crescem.”

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