Facebook revela rede social que usa realidade virtual
Previsto para chegar em 2020, o Horizon é a nova aposta de Mark Zuckerberg para revolucionar as redes sociais
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de setembro de 2019 às 12h21.
Última atualização em 28 de setembro de 2019 às 12h21.
São Paulo – Mark Zuckerberg , presidente executivo do Facebook , disse várias vezes ao longo dos últimos dias que imagina que as tecnologias de realidade virtual (VR) e realidade aumentada (AR) podem ser o futuro das plataformas de computação. Como ele também é dono de uma rede social, é difícil imaginar que esse futuro não contenha um espaço para as pessoas conversarem com hologramas de seus amigos. Assim, o Facebook já começa a testar o novo formato, ao anunciar o Facebook Horizon - espaço virtual para os usuários dos óculos de VR de hoje em dia.
Previsto para chegar ao mercado, ainda em modo de testes, no início de 2020, o Facebook Horizon permitirá a seus jogadores interagir, bater papo, jogar e criar até seus próprios "mundos".
Alguns desses mundos poderão ser criados pelos usuários: além de ter espaços que o próprio time do Facebook criou, haverá uma ferramenta para construir universos com regras particulares. Nada muito diferente do que já foi feito por games como Minecraft , que revolucionou o mercado ao permitir que cada jogador construa prédios, espaços e até mesmo mundos com leis específicas.
A ideia é que o usuário se sinta mesmo em um ambiente "confortável" para se expressar - ou, como disse Mark Zuckerberg durante a coletiva de abertura da Oculus Connect, evento de realidade virtual realizado na última semana em San Jose, nos Estados Unidos, a experiência terá "avatares diversos e ferramentas sociais do Facebook, em um local seguro e convidativo para todo mundo".
Gratuito
Segundo a empresa, o Facebook Horizon será totalmente gratuito - a ideia é dividir mesmo um espaço de criação, sem pensar em monetização, explica Eric Romo, diretor de produto de experiências VR no Facebook. "Acreditamos que nem tudo precisa ficar dentro do Horizon: desenvolvedores que quiserem criar seus próprios jogos podem continuar a vendê-los na loja de apps da Oculus", afirma o executivo.
Também será possível ter experiências íntimas: os usuários poderão criar mundos apenas para amigos, "só com convite". "Mas vamos encorajar que as pessoas não façam apenas ambientes para interagir e sim experiências que possam ser jogadas muitas vezes."
Romo acredita que a "socialização" fará a diferença. "Hoje, quando você fala com um amigo à distância, pode só digitar ou mandar fotos, mas não há uma atividade que te una a ele como na vida real - como caminhar, jantar ou ver um jogo de basquete juntos. O Facebook Horizon quer permitir isso para as pessoas a quilômetros de distância", afirma o executivo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.