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Facebook refina regras e permite apelação de conteúdo removido

Com promessa de melhorar, o Facebook anuncia hoje mudanças em seus padrões da comunidade e permite pedidos de revisão de remoção de conteúdo da rede social

Facebook: rede social está atualizando padrões da comunidade e permitindo apelação de conteúdo removido (Michael Short/Bloomberg)

Facebook: rede social está atualizando padrões da comunidade e permitindo apelação de conteúdo removido (Michael Short/Bloomberg)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 24 de abril de 2018 às 06h00.

Última atualização em 24 de abril de 2018 às 06h00.

São Paulo – Em meio a promessas de melhorar, o Facebook anuncia hoje mudanças importantes relacionadas aos padrões da comunidade, que regem o que pode e não pode ser compartilhado na rede social.

Outra novidade será a possibilidade de que usuários “apelem” sobre decisões de remoção de conteúdo compartilhado por eles.

Para isso, o Facebook está atualizando os seus padrões da comunidade (que você pode consultar nesta página). Mais importante, pela primeira vez, a rede social compartilhará com seus usuários os materiais que servem como diretrizes internas para a análise do que será retirado do ar e do que ficará.

“As nossas políticas de uso não estão mudando. A forma como fazemos escolhas e os limites traçados sobre o que é permitido não sofreram qualquer mudança”, disse em entrevista a EXAME Monica Bickert, vice-presidente de gestão global de produtos do Facebook.

Um dos pontos mais importantes dessa mudança é o aumento na transparência entre a plataforma e seus usuários. “Estaremos fazendo melhor graças à clareza do que pode ser feito ou não. Temos de mostrar com transparência o que é discurso de ódio e o que não é, por exemplo”, afirma Bickert.

As mudanças refletem um ponto que foi bastante discutido durante as audiências de Mark Zuckerberg, CEO e cofundador do Facebook, no Congresso americano. Senadores, como o republicano Ted Cruz, questionaram o executivo se o Facebook tomava lado em discussões, principalmente na remoção de conteúdo e na suspensão de páginas.

O Facebook foi pelo melhor caminho para evitar esse tipo de polêmica: a transparência. Agora, usuários poderão consultar um material mais detalhado para entender se determinado material é vetado da rede ou não. Isso será feito graças a exemplos que servirão para ilustrar situações e conteúdos que infrinjam ou não as normas.

“Ao mesmo tempo, esse anúncio é sobre dar satisfação aos usuários. Em muitos casos, as pessoas não entendem se o material era permitido ou não”, diz Monica Bickert.

Apelação

É assim que chegamos a outro aspecto importante do anúncio de hoje. Pela primeira vez, o Facebook permite que usuários apelem de decisões que retiraram um conteúdo do ar. Antes, essa era uma prerrogativa para casos de suspensão de perfis, páginas ou grupos.

Usuários poderão pedir revisão de conteúdo removido por violar regras de nudez ou atividade sexual, discurso de ódio e violência. O pedido de recurso será analisado em, no máximo, 24 horas. Caso a remoção tenha sido indevida, o conteúdo volta ao ar.

Para melhorar esse trabalho manual de revisão, o Facebook anuncia que está expandindo o número de empregados nessa área. Até o final do ano, serão 7.500 revisores de conteúdo, um número 40% superior ao do ano passado.

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