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Facebook mostra hoje como pretende dominar seu smartphone

O Facebook deve anunciar, hoje, um novo app para Android que pode colocar a marca da rede social na tela inicial de milhões de smartphones

O Facebook pode anunciar um novo smartphone desenvolvido em parceria com a HTC, mas novidade mais esperada é um app para Android (Divulgação)

Maurício Grego

Publicado em 4 de abril de 2013 às 10h56.

São Paulo — Mark Zuckerberg e sua turma fazem uma apresentação hoje, às 14 horas (no horário de Brasília, com cobertura ao vivo de EXAME.com). Devem apresentar um novo Facebook Phone fabricado pela HTC . Mas a novidade mais importante pode ser um novo app que vai colocar a marca do Facebook na tela de milhões de smartphones com Android já existentes.

O convite para o evento, enviado à imprensa americana, chama os jornalistas para conhecer “o lar do Facebook no Android”. Fotos de um smartphone da HTC com a marca do Facebook vazaram na web, sugerindo que o aparelho é uma das novidades a serem apresentadas. Não seria a primeira vez.

A HTC já produziu smartphones em parceria com o Facebook antes. Os modelos Cha-Cha e Salsa, anunciados em 2011, por exemplo, trazem um botão para acesso direto à rede social. Mas, como se sabe, o negócio do Facebook não é fabricar smartphones.

Zuckerberg já afirmou que não pretende competir com Samsung e Apple nessa área. É uma decisão sábia. Basta observar que empresas com muito mais experiência nesse mercado, como Nokia e Blackberry, têm apanhado das rivais. É mais fácil juntar-se ao volumoso bonde do Android e apresentar alguma coisa que possa ser instalada em todos os smartphones com esse sistema.

O próprio Mark Zuckerberg já disse isso. Em julho de 2012, durante uma apresentação de resultados financeiros, ele negou que a empresa lançaria sua própria plataforma de dispositivos móveis. “Há muitas coisas que se podem fazer em outros sistemas operacionais, que não exigem construir um smartphones completo – algo que não faria muito sentido para nós”, disse ele.


O que se espera é que hoje ele anuncie essas “muitas coisas” na forma de uma extensão para o sistema Android. O software, na forma de um app que será distribuído na loja Google Play, vai residir na tela inicial do smartphone. É provável que ele apresente as atualizações que o usuário veria em sua página na rede social, assim como opções para interagir com outras pessoas nela.

Outros recursos que o Facebook pode incorporar ao novo app são chamadas gratuitas via Wi-Fi (como fazem Skype, Viber e outros), mensagens instantâneas (algo que o Facebook Messenger já oferece) e, talvez, alguma função para encontrar e ativar aplicativos da rede social, levando o App Center para o smartphone. Nada disso seria surpresa. O recurso de chamadas de voz gratuitas, por exemplo, vem sendo testado pelo Facebook no Canadá há cerca de um mês.

O novo app também poderá funcionar como um “launcher”, permitindo ativar outros aplicativos do Android. Com isso, o Facebook passaria a ter mais visibilidade que o próprio Android. Seria uma ofensiva importante na competição que o Facebook trava contra o Google no mercado de publicidade móvel.

O Facebook não poderia fazer isso no iPhone. A Apple tem normas estritas que impedem que os apps modifiquem a tela inicial do aparelho. A mesma coisa acontece no Blackberry e no Windows Phone. Mas essa restrição não existe no Android. Projeções indicam que, no final deste ano, haverá cinco smartphones com Android em uso para cada iPhone. Assim, o Facebook pode, potencialmente, assumir a tela inicial de 85% dos aparelhos.

Um estudo da empresa Analysys Mason aponta que o Facebook poderia aumentar o engajamento dos usuários em seu app (ou seja, a frequência de uso do app pelas pessoas) seis vezes se ele se tornasse a plataforma padrão para telefonia, mensagens e e-mail no smartphone. É o que a empresa parece estar buscando.

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São Paulo — Mark Zuckerberg e sua turma fazem uma apresentação hoje, às 14 horas (no horário de Brasília, com cobertura ao vivo de EXAME.com). Devem apresentar um novo Facebook Phone fabricado pela HTC . Mas a novidade mais importante pode ser um novo app que vai colocar a marca do Facebook na tela de milhões de smartphones com Android já existentes.

O convite para o evento, enviado à imprensa americana, chama os jornalistas para conhecer “o lar do Facebook no Android”. Fotos de um smartphone da HTC com a marca do Facebook vazaram na web, sugerindo que o aparelho é uma das novidades a serem apresentadas. Não seria a primeira vez.

A HTC já produziu smartphones em parceria com o Facebook antes. Os modelos Cha-Cha e Salsa, anunciados em 2011, por exemplo, trazem um botão para acesso direto à rede social. Mas, como se sabe, o negócio do Facebook não é fabricar smartphones.

Zuckerberg já afirmou que não pretende competir com Samsung e Apple nessa área. É uma decisão sábia. Basta observar que empresas com muito mais experiência nesse mercado, como Nokia e Blackberry, têm apanhado das rivais. É mais fácil juntar-se ao volumoso bonde do Android e apresentar alguma coisa que possa ser instalada em todos os smartphones com esse sistema.

O próprio Mark Zuckerberg já disse isso. Em julho de 2012, durante uma apresentação de resultados financeiros, ele negou que a empresa lançaria sua própria plataforma de dispositivos móveis. “Há muitas coisas que se podem fazer em outros sistemas operacionais, que não exigem construir um smartphones completo – algo que não faria muito sentido para nós”, disse ele.


O que se espera é que hoje ele anuncie essas “muitas coisas” na forma de uma extensão para o sistema Android. O software, na forma de um app que será distribuído na loja Google Play, vai residir na tela inicial do smartphone. É provável que ele apresente as atualizações que o usuário veria em sua página na rede social, assim como opções para interagir com outras pessoas nela.

Outros recursos que o Facebook pode incorporar ao novo app são chamadas gratuitas via Wi-Fi (como fazem Skype, Viber e outros), mensagens instantâneas (algo que o Facebook Messenger já oferece) e, talvez, alguma função para encontrar e ativar aplicativos da rede social, levando o App Center para o smartphone. Nada disso seria surpresa. O recurso de chamadas de voz gratuitas, por exemplo, vem sendo testado pelo Facebook no Canadá há cerca de um mês.

O novo app também poderá funcionar como um “launcher”, permitindo ativar outros aplicativos do Android. Com isso, o Facebook passaria a ter mais visibilidade que o próprio Android. Seria uma ofensiva importante na competição que o Facebook trava contra o Google no mercado de publicidade móvel.

O Facebook não poderia fazer isso no iPhone. A Apple tem normas estritas que impedem que os apps modifiquem a tela inicial do aparelho. A mesma coisa acontece no Blackberry e no Windows Phone. Mas essa restrição não existe no Android. Projeções indicam que, no final deste ano, haverá cinco smartphones com Android em uso para cada iPhone. Assim, o Facebook pode, potencialmente, assumir a tela inicial de 85% dos aparelhos.

Um estudo da empresa Analysys Mason aponta que o Facebook poderia aumentar o engajamento dos usuários em seu app (ou seja, a frequência de uso do app pelas pessoas) seis vezes se ele se tornasse a plataforma padrão para telefonia, mensagens e e-mail no smartphone. É o que a empresa parece estar buscando.

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