Facebook luta para manter jovialidade frente à concorrência
Na véspera do seu décimo aniversário, a primeira rede social de alcance global enfrenta o desafio de manter sua base original de jovens usuários
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 20h03.
Aos 16 anos, Owen Fairchild passa menos tempo no Facebook do que antes. Nem ele, nem seus amigos abandonaram totalmente a maior rede social do mundo, mas agora dividem seu tempo com outras como Twitter, Snapchat e Instagram.
"Estou em outra coisa", disse esse estudante do Alameda Community Learning Center, um estabelecimento situado na Baía de San Francisco.
"Uso muito mais o (site de compartilhamento de imagens) Tumblr; há muitas coisas divertidas", continua.
O aplicativo de mensagens efêmeras "Snapchat também é super divertido, pois permite enviar fotos em que a gente pode aparecer feiíssimo, mas que se apagam em poucos segundos".
O Facebook foi um dos precursores das redes sociais online, que receberam um forte impulso desde o aparecimento dos "smartphones", permitindo aos usuários compartilhar em qualquer momento imagens, vídeos ou mensagens.
Na véspera do seu décimo aniversário, a primeira rede social de alcance global enfrenta o desafio de manter sua base original de jovens usuários diante da concorrência de novos serviços que competem para oferecer uma imagem mais "cool".
O sucesso de plataformas como Snapchat, o microblog Twitter e a rede de imagens Pinterest alimentam os temores de que o Facebook seduza cada vez menos adolescentes e possa seguir o destino do seu antecessor MySpace, que caiu no esquecimento.
Uma rede para velhos?
Destinado em seus primórdios aos estudantes, a demografia do Facebook evoluiu com o passar dos anos. Hoje, os adultos - alguns deles de idade avançada - recorrem a esta rede para entrar em contato com amigos que não veem há muitos anos e manter os vínculos com colegas e familiares.
"Nenhum dos meus amigos diz que o Facebook é para os velhos", diz Owen Fairchild. "Acho que o Facebook continua sendo muito popular, embora algumas pessoas tenham perdido o interesse" na rede.
Susannah Sharpless, estudante da Universidade de Princeton, decidiu em um certo momento que era hora de que o Facebook deixasse de consumir sua vida.
"No meu grupo de amigos, todo mundo passou por uma fase em que detestou o Facebook e suspendeu sua conta. Eu fui uma das primeiras a voltar e, lentamente, todos foram fazendo (o mesmo)", relatou à AFP.
Este período de "desintoxicação" permitiu que adquirissem um controle maior sobre uma ferramenta que tinha se tornado um hábito diário.
"Compreendi como viver sem o assédio contínuo do Facebook ao qual estava submetida", disse Susannah. "Não há nada no Facebook que considere absolutamente indispensável".
Ao contrário, ela diz que consulta "a todo momento" sua conta no Twitter e que encontra coisas mais interessantes para compartilhar no aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram, adquirido em 2012 pelo Facebook.
Para essa jovem, no entanto, o "Facebook não acabou". "O que está acontecendo são mudanças na forma como as pessoas o utilizam", avaliou.
Usos complementares
Nate Elliott, analista do centro de pesquisas Forrester, também considera "estúpido" especular sobre a decadência do Facebook.
Ao contrário do que ocorreu com o MySpace, afirma, o Facebook continua inovando e copiando as ferramentas de sucesso, implementadas por suas jovens concorrentes.
Inspirou-se, por exemplo, no Twitter para criar palavras-chave antecedidas de um ícone (os "hashtags") para identificar temas de conversa e começou recentemente a destacar os temas de discussão mais populares na rede. Na semana passada, apresentou um novo aplicativo móvel que permite criar uma espécie de jornal.
"Ninguém deixa de usar uma rede social para começar a usar outra", diz Nate Elliott.
"Quando vemos os números, o Facebook esmaga todas as outras redes sociais quanto a jovens usuários", acrescenta, com base em um estudo que Forrester se prepara a publicar.
Rob Enderle, analista independente do Vale do Silício, acredita, de qualquer forma, que o Facebook deveria se preocupar com um eventual afastamento dos jovens, "o fermento que garante que um serviço avance".
Owen Fairchild não está certo sobre o fim desta história. "Tenho estado mais inativo nos últimos tempos", disse, referindo-se ao Facebook. "Mas gosto de estar a par do que meus amigos fazem", prosseguiu.
Aos 16 anos, Owen Fairchild passa menos tempo no Facebook do que antes. Nem ele, nem seus amigos abandonaram totalmente a maior rede social do mundo, mas agora dividem seu tempo com outras como Twitter, Snapchat e Instagram.
"Estou em outra coisa", disse esse estudante do Alameda Community Learning Center, um estabelecimento situado na Baía de San Francisco.
"Uso muito mais o (site de compartilhamento de imagens) Tumblr; há muitas coisas divertidas", continua.
O aplicativo de mensagens efêmeras "Snapchat também é super divertido, pois permite enviar fotos em que a gente pode aparecer feiíssimo, mas que se apagam em poucos segundos".
O Facebook foi um dos precursores das redes sociais online, que receberam um forte impulso desde o aparecimento dos "smartphones", permitindo aos usuários compartilhar em qualquer momento imagens, vídeos ou mensagens.
Na véspera do seu décimo aniversário, a primeira rede social de alcance global enfrenta o desafio de manter sua base original de jovens usuários diante da concorrência de novos serviços que competem para oferecer uma imagem mais "cool".
O sucesso de plataformas como Snapchat, o microblog Twitter e a rede de imagens Pinterest alimentam os temores de que o Facebook seduza cada vez menos adolescentes e possa seguir o destino do seu antecessor MySpace, que caiu no esquecimento.
Uma rede para velhos?
Destinado em seus primórdios aos estudantes, a demografia do Facebook evoluiu com o passar dos anos. Hoje, os adultos - alguns deles de idade avançada - recorrem a esta rede para entrar em contato com amigos que não veem há muitos anos e manter os vínculos com colegas e familiares.
"Nenhum dos meus amigos diz que o Facebook é para os velhos", diz Owen Fairchild. "Acho que o Facebook continua sendo muito popular, embora algumas pessoas tenham perdido o interesse" na rede.
Susannah Sharpless, estudante da Universidade de Princeton, decidiu em um certo momento que era hora de que o Facebook deixasse de consumir sua vida.
"No meu grupo de amigos, todo mundo passou por uma fase em que detestou o Facebook e suspendeu sua conta. Eu fui uma das primeiras a voltar e, lentamente, todos foram fazendo (o mesmo)", relatou à AFP.
Este período de "desintoxicação" permitiu que adquirissem um controle maior sobre uma ferramenta que tinha se tornado um hábito diário.
"Compreendi como viver sem o assédio contínuo do Facebook ao qual estava submetida", disse Susannah. "Não há nada no Facebook que considere absolutamente indispensável".
Ao contrário, ela diz que consulta "a todo momento" sua conta no Twitter e que encontra coisas mais interessantes para compartilhar no aplicativo de compartilhamento de fotos Instagram, adquirido em 2012 pelo Facebook.
Para essa jovem, no entanto, o "Facebook não acabou". "O que está acontecendo são mudanças na forma como as pessoas o utilizam", avaliou.
Usos complementares
Nate Elliott, analista do centro de pesquisas Forrester, também considera "estúpido" especular sobre a decadência do Facebook.
Ao contrário do que ocorreu com o MySpace, afirma, o Facebook continua inovando e copiando as ferramentas de sucesso, implementadas por suas jovens concorrentes.
Inspirou-se, por exemplo, no Twitter para criar palavras-chave antecedidas de um ícone (os "hashtags") para identificar temas de conversa e começou recentemente a destacar os temas de discussão mais populares na rede. Na semana passada, apresentou um novo aplicativo móvel que permite criar uma espécie de jornal.
"Ninguém deixa de usar uma rede social para começar a usar outra", diz Nate Elliott.
"Quando vemos os números, o Facebook esmaga todas as outras redes sociais quanto a jovens usuários", acrescenta, com base em um estudo que Forrester se prepara a publicar.
Rob Enderle, analista independente do Vale do Silício, acredita, de qualquer forma, que o Facebook deveria se preocupar com um eventual afastamento dos jovens, "o fermento que garante que um serviço avance".
Owen Fairchild não está certo sobre o fim desta história. "Tenho estado mais inativo nos últimos tempos", disse, referindo-se ao Facebook. "Mas gosto de estar a par do que meus amigos fazem", prosseguiu.