Tecnologia

Facebook, Google e Amazon se unem contra veto de Trump

Além delas, mais de 160 empresas, quase todas do setor de tecnologia, assinaram uma ação para solicitar a um juiz que revogue a proibição

Facebook: as empresas apoiam o argumento de que a proibição é discrimitarória e extrapola a autoridade do presidente (Justin Sullivan/Getty Images)

Facebook: as empresas apoiam o argumento de que a proibição é discrimitarória e extrapola a autoridade do presidente (Justin Sullivan/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 20 de abril de 2017 às 10h49.

Empresas do setor de tecnologia, incluindo Amazon, Facebook, Google e Microsoft, se uniram na quarta-feira a uma ação legal para solicitar a um juiz que revogue a última proibição de viagens anunciada pelo presidente Donald Trump.

Mais de 160 empresas, quase todas do setor de tecnologia, assinaram a ação na posição de "amigo da corte" para respaldar os opositores à ordem executiva de Trump, na Corte de Apelações do distrito de Maryland.

Juízes federais já suspenderam a ordem executiva revisada de Trump, anunciada em março para fechar de modo temporário as fronteiras dos Estados Unidos a refugiados e cidadãos de seis países de maioria muçulmana, em uma derrota humilhante para o presidente.

As resoluções determinaram o congelamento da proibição a nível nacional para a entrada por 90 dias de cidadãos do Irã, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.

Um juiz federal determinou que o estado do Havaí, em sua resposta legal, expressou uma forte probabilidade de que a proibição provoque um "dano irreparável" caso prossiga adiante.

Em Maryland, o juiz federal Theodore Chuang emitiu uma ordem similar a nível nacional sobre um pedido separado, que foi apresentado porgrupos de defesa dos direitos civis que consideram a medida discriminatória em relação aos muçulmanos.

Na apresentação como "amigo da corte", as empresas apoiam o argumento de que a proibição de Trump não apenas discrimina, com base na religião, mas também extrapola a autoridade do presidente para mudar as regras a respeito de quem tem permissão para entrar no país.

"A segunda ordem produz uma mudança fundamental nas regras que regem a entrada de pessoas nos Estados Unidos e está provocando danos substanciais às empresas americanas, a seus funcionários e a toda a economia americana", argumentam os advogados em um comunicado.

Trump alega que a proibição de viagens é necessária para preservar a segurança nacional e manter os extremistas fora do país.

O primeiro decreto, de janeiro, proibiu as viagens das pessoas de sete países de maioria muçulmana e de todos os refugiados, mas foi bloqueado por um tribunal do estado de Washington, que considerou a medida uma violação da norma constitucional que proíbe a discriminação religiosa.

Trump prometeu lutar contra a decisão que chamou de "viciada" e levar o caso, se necessário, à Suprema Corte.

Acompanhe tudo sobre:AmazonDonald TrumpEmpresasEstados Unidos (EUA)FacebookGoogleImigraçãoMicrosoft

Mais de Tecnologia

Pin People lança ferramenta para ajudar empresas a interpretar sentimentos dos colaboradores

Suprema Corte dos EUA examina caso de proibição do TikTok

Pequim lança tecnologias para facilitar pagamentos de estrangeiros no aeroporto

Vendas da TCL na América do Norte devem crescer 30% em 2025