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Facebook fica para trás de novo na guerra contra YouTube

Durante o último ano, o Facebook fez tentativas cada vez mais agressivas de tentar acabar com o domínio da YouTube, mas ainda não conseguiu muita coisa


	Mark Zuckerberg, CEO do Facebook: fatia de atividade da YouTube nos EUA cresceu de 14 por cento há um ano para 17,9 por cento
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook: fatia de atividade da YouTube nos EUA cresceu de 14 por cento há um ano para 17,9 por cento (David Paul Morris/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 20h33.

Durante o último ano, o Facebook fez tentativas cada vez mais agressivas de tentar acabar com o domínio da YouTube no mundo dos vídeos curtos na internet.

Mas ainda não conseguiu provocar nenhum abalo, de acordo com um indicador fundamental.

Sandvine, uma empresa de networking que informa quais serviços utilizam a maior largura de rede, acabou de publicar seus dados mais recentes.

A fatia de atividade da YouTube nos EUA cresceu de 14 por cento há um ano para 17,9 por cento. A fatia do Facebook é de apenas 2,5 por cento, em comparação com os 3 por cento que alegava um ano atrás.

A Netflix tem, de longe, a maior fatia. Embora Amazon e Hulu sejam minúsculas em comparação, ambas cresceram durante o ano e ultrapassaram o Facebook.

O crescimento desses serviços deve-se em parte ao tipo de vídeo que eles transmitem: arquivos mais longos e de alta qualidade, que consomem muita largura de banda. Mas, como a Sandvine mede os dados à noite, Netflix, Amazon e Hulu também poderiam parecer enganosamente populares em comparação com o Facebook, que não tem os mesmos picos de uso noturnos.

O serviço de vídeo da YouTube é mais apto para a comparação, porque seu tráfego é constituído predominantemente por vídeos curtos que as pessoas assistem ao longo do dia.

Quem monitora os vídeos on-line vem elogiando o potencial do Facebook para ameaçar o serviço da YouTube como destino dos espectadores e, consequentemente, do dinheiro gasto em publicidade.

o Facebook disse que 500 milhões de pessoas assistem a mais de 8 bilhões de vídeos por dia em seu serviço. Recentemente, a empresa adicionou vídeos de 360 graus a seu feed de notícias e está testando um modo de possibilitar que os usuários compartilhem transmissões ao vivo nos feeds.

Ceticismo

No entanto, os céticos questionaram os números do Facebook. Ao contrário dos vídeos no site da YouTube, os do Facebook são reproduzidos automaticamente, e a companhia conta uma visualização depois de apenas três segundos.

Grandes aumentos no número de visualizações de vídeos que não venham acompanhados por grandes aumentos na quantidade da largura de banda utilizada pelo Facebook poderiam indicar que as pessoas não estão assistindo por muito mais tempo. (Dito isso, o uso do Facebook está crescendo, mas a um ritmo mais lento que o de alguns outros serviços de vídeo).

Paul Verna, analista da EMarketer, disse que o modo em que o Facebook calcula suas visualizações não “reflete necessariamente” o modo em que os usuários assistem aos vídeos. Mas ele acrescentou que talvez o plano do Facebook não seja desbancar a YouTube como o principal destino para ver vídeos. Talvez o objetivo seja simplesmente obter mais dinheiro com anúncios, e o orçamento de publicidade para as propagandas em vídeo está aumentando.

“Sempre que converso com uma agência de marketing ou com um publicitário, eles dizem: ‘Sim, Facebook é muito importante, assim como várias outras plataformas sociais’”, disse Verna. “Nada disso diminui o poder da YouTube”.

o Facebook não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

Os números da Sandvine são apenas um retrato de um mês ou dois por ano, então dificilmente esse relatório poderia ser considerado um veredito final. No entanto, não há dúvida de que o Facebook tem um longo caminho pela frente antes de sequer se parecer com um concorrente real para a YouTube.

Enquanto isso, as recentes medidas da Google – lançar um serviço de vídeo por assinatura e supostamente tentar obter os direitos para transmitir programas de televisão e filmes – estão voltadas para a Netflix, a maior usuária de largura de banda de todas.

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