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Facebook diz que grupos chineses de tecnologia tiveram acesso a dados

Entre as empresas está a Huawei, que teve acesso a dados da rede social para que o aplicativo fosse instalado em seus smartphones

Privacidade: "Eu gostaria de saber mais sobre como o Facebook garantiu que as informações sobre os usuários não foram enviadas a servidores chineses", afirmou Mark Warner, do Comitê de Inteligência do Senado dos EUA (Tyrone Siu/Reuters)
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AFP

Publicado em 6 de junho de 2018 às 11h19.

Última atualização em 6 de junho de 2018 às 11h20.

O Facebook reconheceu que grupos chineses de tecnologia, especializados na fabricação de telefones celulares e apontados pela Segurança Nacional dos Estados Unidos como uma ameaça, estão entre as empresas que tiveram acesso a dados de seus usuários.

Entre as empresas está a Huawei , que teve acesso a dados do Facebook para que o aplicativo desta rede social fosse instalado em seus smartphones , informou a companhia americana.

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"O Facebook, ao lado de muitas outras empresas de tecnologia americanas, trabalhou com eles e outros fabricantes chineses para integrar nossos serviços a estes telefones", afirmou o diretor de parcerias mobile do Facebook, Francisco Varela, em um comunicado.

"Dado o interesse do Congresso, nós queríamos deixar claro que todas as informações das integrações com a Huawei foi armazenada nos dispositivos, não nos servidores da Huawei", explicou.

Antes da padronização da experiência do Facebook com um aplicativo comum, quase 60 fabricantes de aparelhos celulares, como Amazon, Apple, Blackberry, HTC, Microsoft e Samsung, trabalharam com a rede social para adaptar seus telefones ao site do Facebook, explicou a empresa.

O Facebook, bloqueado na China desde 2009, também fez acordos de acesso "controlado" aos dados com outras empresas chinesas como Lenovo, OPPO e TCL, segundo Varela.

A Huawei nega vínculos com o governo chinês, mas isto não é suficiente para aplacar a preocupação nos Estados Unidos.

"Eu gostaria de saber mais sobre como o Facebook garantiu que as informações sobre os usuários não foram enviadas a servidores chineses", afirmou Mark Warner, que integra o Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos.

Os contratos com os fabricantes de telefones estabeleciam limites claros sobre o que poderia ser feito com os dados. Engenheiros e gerentes supervisionaram "experiências testes" antes de sua aplicação, segundo a rede social.

O Facebook afirmou ainda que não tem conhecimento de nenhum caso de violação de privacidade por fabricantes de smartphones que há alguns anos tinham acesso aos dados dos usuários e de seus amigos.

A porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, não comentou a cooperação entre as empresas porque disse que não conhecia os detalhes.

"Mas espero que os Estados Unidos possam fornecer um ambiente justo, transparente, aberto e amigável para os investimentos e negócios das empresas chinesas", disse.

A rede social afirmou ainda que discorda das conclusões de uma reportagem do jornal New York Times segundo a qual os fabricantes de smartphones poderiam acessar informações dos amigos dos usuários do Facebook sem o seu consentimento explícito.

A reportagem provocou novas preocupações sobre a privacidade nesta rede social.

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