Facebook deu às empresas mais dados pessoais do que você pensa
Rede social compartilhou dados de mensagens com Netflix e Spotify
Reuters
Publicado em 19 de dezembro de 2018 às 11h01.
Última atualização em 19 de dezembro de 2018 às 15h16.
O Facebook afirmou que não deu a empresas acesso a dados pessoais sem permissão dos usuários, depois que o jornal New York Times relatou na última terça-feira que a rede social concedeu a algumas grandes empresas de tecnologia maior acesso a dados de usuários.
Citando documentos de 2017, o jornal disse que o Facebook permitiu ao mecanismo de busca Bing, da Microsoft, ver os nomes de praticamente todos os amigos de usuários na rede social sem o seu consentimento.
"Nenhuma dessas parcerias ou recursos concedeu às empresas acesso a informações sem a permissão dos usuários, nem violaram nosso acordo de 2012 com a Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês)", disse Konstantinos Papamiltiadis, diretor de plataformas de desenvolvedores e programas do Facebook, no site da empresa.
Segundo o New York Times, o Facebook também deu a empresas como Netflix e Spotify a capacidade de ler mensagens privadas dos usuários e permitiu que a Amazon acessasse nomes e informações de contato de usuários através de seus amigos.
O Facebook afirmou que o que fez foi ajudar os usuários a acessarem suas contas no Facebook ou recursos específicos em dispositivos e plataformas desenvolvidos por outras empresas como Apple, Amazon, Blackberry e Yahoo, conhecidos como parceiros de integração.
Segundo a empresa, esses parceiros têm acesso a mensagens, mas os usuários "tiveram que fazer login explicitamente no Facebook primeiro" antes de usar o recurso de mensagens de um parceiro.
O Facebook afirmou que encerou quase todas essas parcerias nos últimos meses, exceto Apple e Amazon.
No início deste mês, um parlamentar britânico divulgou documentos revelando que o Facebook ofereceu a algumas empresas, incluindo Netflix e Airbnb, acesso a dados sobre os amigos dos usuários que a rede social não havia disponibilizado para a maioria dos outros aplicativos em 2015. (Por Philip George)