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Novo medicamento reduz mortes por insuficiência cardíaca

Medicamento experimental do laboratório Novartis mostrou-se eficaz no aumento da expectativa de vida de pacientes com insuficiência cardíaca


	Coração: insuficiência cardíaca afeta 26 milhões de pessoas no mundo
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Coração: insuficiência cardíaca afeta 26 milhões de pessoas no mundo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 13h51.

Washington - Um medicamento experimental do laboratório suíço Novartis mostrou-se eficaz no aumento da expectativa de vida de pacientes com insuficiência cardíaca, reduzindo o índice de mortalidade em 20%.

A nova droga, conhecida como LCZ696, poderia substituir as terapias usadas atualmente para tratar a doença, que afeta 26 milhões de pessoas no mundo.

O teste foi feito com 8.442 pacientes de 47 países, ao longo de 27 meses. Foi avaliada a inocuidade e a eficácia do tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca, e a comparação com aqueles tratados com o enalapril, vendido em marcas como Renitec e Vasotec.

Foi comprovado que 21,8% dos pacientes tratados com o LCZ696 morreram de insuficiência cardíaca, enquanto, entre os pacientes tratados com enalapril, esta porcentagem foi de 26,5%, uma diferença de 20%.

O medicamento também reduziu em 21% o número de internações por causa da doença.

Segundo os pesquisadores, um dos efeitos colaterais do LCZ696, é a hipotensão, embora eles afirmem que ele causa menos danos aos rins do que o enalapril.

A gigante farmacêutica Novartis anunciou neste sábado os resultados do estudo, no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Barcelona, Espanha. Os resultados foram publicados também pela revista americana "New England Journal of Medicine".

A Novartis deve solicitar à Administração de Alimentos e Medicamentos americana (FDA, sigla em inglês) autorização para começar a vender a nova droga no fim de 2014 e obter o seu equivalente na União Europeia em 2015.

O índice de mortalidade por insuficiência cardíaca é elevado. Cerca de 50% dos pacientes morrem nos cinco anos posteriores ao diagnóstico, segundo a Novartis.

O analista Tim Anderson, da empresa Sanford C, citado pelo "New York Times", estima que o remédio terá um preço elevado, podendo custar sete dólares diários nos Estados Unidos, ou 2,5 mil dólares anuais.

As versões genéricas dos demais tratamentos contra a doença custam 4 dólares por dia.

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