EUA lideram troca de arquivos de pornografia infantil na internet
Durante 9 meses, Fundação Alia2 monitorou transferências "peer to peer" e 79,5% do total suspeito de conter pornografia infantil era dos EUA e do México
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 14h17.
Madri - Estados Unidos, Espanha e México são os países que lideraram a troca de arquivos de pornografia infantil na internet em 2010, nesta ordem, segundo o relatório sociológico apresentado nesta terça-feira pela Fundação Alia2, dedicada a analisar e denunciar o fenômeno na rede.
O trio apresentou a maior quantidade de arquivos P2P detectados e suspeitos de conter pornografia infantil em 2010, sendo que os Estados Unidos e México representaram 79,5% do total de arquivos trocados durante os 9 meses que durou o estudo.
Por continentes, a América registrou a maior quantidade de arquivos trocados, seguido da Europa.
No caso americano o país com maior troca de pornografia infantil foi os EUA, seguidos do México, Colômbia, Uruguai, Argentina, Brasil, Venezuela e Peru.
No caso europeu, o relatório sobre volume de troca desse material pornográfico cita a França, Polônia e Itália, mas muito atrás da Espanha, com 80,91% do conteúdo de arquivos desse tipo.
No entanto, o relatório destaca que a ausência de dados significantes relativos à Ásia e África responde às questões tecnológicas ou, como no caso da China, às restrições no acesso à rede.
Tais informações foram levantadas graças ao "Florencio", uma ferramenta de informática desenvolvida pela Fundação Alia2, que rastreia diariamente as redes P2P na busca por pedófilos.
O rastreamento apresentado nesta terça-feira foi realizado em um mesmo período de tempo (de janeiro a setembro de 2010) em países de todo o mundo.
O programa permite determinar, diariamente, a localização e o número de arquivos trocados desse tipo de conteúdo.
A apresentação do relatório coincide com o Dia Internacional da Internet Segura.
O comandante e chefe da Unidade de Delitos da Guarda Civil espanhola, Juan Salom, que também participou da apresentação do relatório, denunciou a "falta de ferramentas" úteis para perseguir os delitos na rede, assim como "a lentidão dos julgamentos".