Amostras do antiviral: liberado no Brasil pelo Ministério da Saúde (Gilead Sciences Inc/Handout/Reuters)
Lucas Agrela
Publicado em 13 de maio de 2020 às 16h58.
Última atualização em 14 de maio de 2020 às 07h34.
Os Estados Unidos estão acusando hackers da China e do Irã de tentar roubar informações sobre vacinas, tratamentos e testes relacionados à covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Os alvos são universidades e empresas americanas do ramo de saúde, como os laboratórios farmacêuticos.
O Federal Bureau of Investigation (FBI) e a agência de cibersegurança vinculada ao Departamento de Defesa americano emitiram um alerta afirmando que hackers afiliados a chineses tentam roubar propriedade intelectual e dados públicos de saúde relacionados com a covid-19.
Segundo o comunicado, o potencial roubo de informações pode prejudicar a oferta de opções de tratamento seguras e efetivas para pacientes infectados com o novo coronavírus.
Não foram mencionadas quais empresas e universidades tentaram ter informações roubadas.
Hackers do Irã também tentam descobrir senhas de organizações de saúde americanas com uma técnica conhecida como pulverização de senhas. Segundo o jornal americano The Wall Street Journal, um dos alvos indicados por especialistas em segurança digital é a Gilead Sciences, companhia farmacêutica que produz o remédio Remdesivir, um dos medicamentos em testes para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
A guerra por informações relacionadas à covid-19 é travada no ambiente digital. A corrida por medicamentos e vacinas para a doença estimula pesquisadores e empresas de saúde do mundo todo a trabalhar a todo vapor. O país que encontrar primeiro a solução para combater o vírus e conseguir produzi-la e distribuí-la em massa terá uma vantagem econômica global.