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Estudo revela os produtos mais vendidos do e-commerce durante a quarentena

O segmento de snacks chegou a ter alta de 722% no começo de abril, conforme mostram os dados

E-commerce: comércio eletrônico brasileiro pode crescer mais de 18% neste ano (seb_ra/Thinkstock)

E-commerce: comércio eletrônico brasileiro pode crescer mais de 18% neste ano (seb_ra/Thinkstock)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 6 de maio de 2020 às 07h30.

Última atualização em 6 de maio de 2020 às 12h25.

Uma pesquisa realizada pela Criteo, empresa de tecnologia voltada para profissionais de marketing, mostra o desempenho de diversos setores no comércio eletrônico durante as primeiras semanas de abril. Os resultados levam em conta os efeitos do isolamento social para evitar a propagação do novo coronavírus. O estudo foi antecipado com exclusividade pela EXAME.

Sendo possível filtrar os resultados por data e por país, a pesquisa revela quais foram as categorias que tiveram a maior alta nas vendas pelo e-commerce e leva em consideração a análise de um banco de dados com informações de 80 países e de 2 bilhões de compradores mensais ativos de mais de 20 mil plataformas de e-commerce.

Se analisados os dados do Brasil somente após o início da quarentena oficial instituída em São Paulo pelo governador João Doria no dia 24 de março, um dos destaques vai para a venda online de snacks. A comercialização de produtos como salgadinhos, chocolates, biscoitos, entre outros, aumentou 722% durante a segunda semana de abril.

Na análise da empresa de pesquisas, o fechamento dos espaços físicos dos restaurantes e bares se tornou essencial para o aumento direto das vendas online de supermercado. Vale destacar que o setor, em geral, teve alta de 233% também durante a segunda semana do mês de abril deste ano.

Mesmo com alta de 191%, o comércio online de televisores não figurou na liderança do mercado de eletrônicos. O posto ficou com produtos relacionados a jogos eletrônicos, como videogames, com alta de 315%. A venda de laptops aumentou 169%, menos do que roteadores e repetidores de sinal, com 193%.

As pessoas também estão se exercitando mais. Ou pelo menos comprando mais aparelhos desta categoria. Pulseiras inteligentes para medir batimentos cardíacos, contar passos e contabilizar calorias tiveram alta de 513% nas vendas. Produtos voltados para a prática de yoga e pilates foram comercializados com crescimento de 387%.

Curiosamente, nos Estados Unidos, apesar da covid-19 forçar as pessoas a ficarem confinadas na segurança de suas residências, a venda de patinetes elétricas aumentou 603% durante a terceira e quarta semana de abril. Patins e bicicletas tiveram altas de 475% e 392% respectivamente.

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o varejo digital brasileiro poderia crescer 18% em 2020 para atingir um faturamento de 106 bilhões de reais no ano. Os dados, porém, não levavam em conta todos os efeitos da pandemia da covid-19. Assim, é possível que esse percentual seja ainda maior.

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