Exame Logo

Eric Schmidt insinua que Apple Music está dez anos atrasado

Na visão de Schmidt, o ideal para os dias de hoje é construir um sistema de recomendação musical que possaaprender com o mundo real

Eric Schmidt, presidente da Alphabet: em sua visão, serviço de músicas da Apple é elitista (Stephanie Pilick/AFP)

Lucas Agrela

Publicado em 15 de setembro de 2015 às 17h27.

São Paulo – Eric Schmidt, presidente da Alphabet – empresa que controla o Google – escreveu um artigo no site da BCC no qual critica o modelo de curadoria musical do Apple Music e cita a evolução das tecnologias que utilizam inteligência artificial.

Sem mencionar nominalmente a Apple , Schmidt escreve o seguinte: "Dez anos atrás, ao lançar um serviço de música digital, você provavelmente iria selecionar alguns curadores de elite para escolher as canções com potencial de sucesso".

Em seu anúncio oficial, a Apple deixou claro que as músicas recomendadas pelo aplicativo "não seriam por algoritmos, mas recomendações feitas por nossa equipe de especialistas".

Na visão de Schmidt, o ideal para os dias de hoje é construir um sistema inteligente que possa aprender com o mundo real, ou seja, aprender quais músicas fazem sucesso com base no que as pessoas realmente gostam. Com isso, seria possível criar um algoritmo que poderia identificar o potêncial de popularização de uma canção.

"Como bônus, o processo de seleção musical se tornar muito menos elitista – muito mais democrático –, permitindo que todos possam descobrir qual é a próxima grande estrela por meio dos nossos próprios gostos coletivos e não por meio das preferências individuais de alguns poucos", escreveu Schmidt.

Inteligência Artificial

No texto, o presidente da Alphabet também menciona avanços que a inteligência artificial obteve nos últimos anos – após mais de sessenta anos de pesquisas. O exemplo de Schmidt é o Geoff Hinton, que trabalha com redes neurais artificiais desde os anos 1980, quando ainda não havia capacidade computacional para lidar com essa complexidade.

Em 2009, Hinton conseguiu, junto com seus alunos, uma tecnologia de reconhecimento de voz que foi adotada rapidamente pelo Google, resultando em uma redução de erros de 25% nas pesquisas realizadas por voz. À época, Hinton foi chamado para integrar a equipe do Google.

É por meio de tecnologias de inteligência artificial, que têm como base as redes neurais, que Schmidt acredita que seria possível criar um método de seleção musical mais esperto, automático e democrático.

No entanto, esse campo ainda requer muita pesquisa, como Schmidt deixa implícito em seu texto. Um exemplo é que o Google já marcou fotos de um casal de negros como gorilas, por meio de análise baseada em algoritmos e divisão automática por palavras-chave. A empresa se retratou quanto ao caso e corrigiu o engano.

Veja também

São Paulo – Eric Schmidt, presidente da Alphabet – empresa que controla o Google – escreveu um artigo no site da BCC no qual critica o modelo de curadoria musical do Apple Music e cita a evolução das tecnologias que utilizam inteligência artificial.

Sem mencionar nominalmente a Apple , Schmidt escreve o seguinte: "Dez anos atrás, ao lançar um serviço de música digital, você provavelmente iria selecionar alguns curadores de elite para escolher as canções com potencial de sucesso".

Em seu anúncio oficial, a Apple deixou claro que as músicas recomendadas pelo aplicativo "não seriam por algoritmos, mas recomendações feitas por nossa equipe de especialistas".

Na visão de Schmidt, o ideal para os dias de hoje é construir um sistema inteligente que possa aprender com o mundo real, ou seja, aprender quais músicas fazem sucesso com base no que as pessoas realmente gostam. Com isso, seria possível criar um algoritmo que poderia identificar o potêncial de popularização de uma canção.

"Como bônus, o processo de seleção musical se tornar muito menos elitista – muito mais democrático –, permitindo que todos possam descobrir qual é a próxima grande estrela por meio dos nossos próprios gostos coletivos e não por meio das preferências individuais de alguns poucos", escreveu Schmidt.

Inteligência Artificial

No texto, o presidente da Alphabet também menciona avanços que a inteligência artificial obteve nos últimos anos – após mais de sessenta anos de pesquisas. O exemplo de Schmidt é o Geoff Hinton, que trabalha com redes neurais artificiais desde os anos 1980, quando ainda não havia capacidade computacional para lidar com essa complexidade.

Em 2009, Hinton conseguiu, junto com seus alunos, uma tecnologia de reconhecimento de voz que foi adotada rapidamente pelo Google, resultando em uma redução de erros de 25% nas pesquisas realizadas por voz. À época, Hinton foi chamado para integrar a equipe do Google.

É por meio de tecnologias de inteligência artificial, que têm como base as redes neurais, que Schmidt acredita que seria possível criar um método de seleção musical mais esperto, automático e democrático.

No entanto, esse campo ainda requer muita pesquisa, como Schmidt deixa implícito em seu texto. Um exemplo é que o Google já marcou fotos de um casal de negros como gorilas, por meio de análise baseada em algoritmos e divisão automática por palavras-chave. A empresa se retratou quanto ao caso e corrigiu o engano.

Acompanhe tudo sobre:AlphabetAppleEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleTecnologia da informação

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame