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Entrevista de domingo: Kent Perry, diretor da SanDisk

Executivo falou sobre preços e novas tecnologias

Kent Perry, diretor de produto da SanDisk para os EUA: estamos diminuindo o custo do ciclo de produção (Divulgação)

Kent Perry, diretor de produto da SanDisk para os EUA: estamos diminuindo o custo do ciclo de produção (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2012 às 11h53.

São Paulo - A SanDisk lançou no Brasil, em junho, seu modelo de disco em estado sólido de 240 GB, o Extreme SSD. Mesmo com os avanços da indústria para mais capacidade, e uma tímida redução nos preços, os SSDs ainda representam 3% do mercado global de HDs.

A pesquisa, revelada pela IHS iSuppli em julho, demonstra que a maior fatia de mercado em todo o mundo é dos HDs maiores de 500 GB, com 32% de participação. Os SSDs geralmente são questionados se seus benefícios, que incluem taxas de transferência mais rápidas e resistência a quedas, são suficientes para competir com soluções de maior capacidade e menor preço.

Para esclarecer alguns pontos, a INFO conversou brevemente com Kent Perry, diretor de produto da SanDisk para os EUA.

Por qual motivo os SSDs ainda são tão caros? Quais os principais motivos que levam a sua adoção e suas vantagens?

Estamos diminuindo o custo do ciclo de produção. Temos uma fábrica bastante integrada e que permite grandes avanços nessa área. Os discos rígidos ainda são uma solução mais barata em relação aos SSDs, já que o custo por gigabytes é menor.

As pessoas que estão adquirindo discos sólidos estão focadas em consumo de energia, performance e confiança. Isso é o que temos de vantagem. A performance dos SSDs é muito superior. Essas pessoas, especialmente usuários de laptops, até mesmo no ambiente corporativo, estão de acordo com as necessidades de 250 GB.

Quando há necessidade de 2 TB de armazenamento, é necessário avaliar se vale a pena substituir completamente. Quando colocamos um SSD em um laptop, o aumento de performance é muito grande. As pessoas que atualizaram memória RAM não tem a mesma percepção. Com o SSD os resultados são dramáticos. É como comprar um laptop novo. Para a maioria dessas pessoas, os SSDs mais atraentes ainda são os de 120 GB.

Ainda não há soluções de discos em estado sólido para a fotografia. Esse é um mercado a ser desbravado?

Esse é um mercado para o qual estamos atentos. É um mercado interessante e certamente há negócios sendo desenvolvidos nessa área, também no mercado de transmissão profissional. Os SSD são realmente mais resistentes? A tecnologia é mais resistente a vibrações e quedas, pois não há partes móveis. Quando os fabricantes pretendem tornar seus produtos mais resistentes, a adoção dos SSDs é muito prática, já que oferecem confiabilidade e ocupam pouco espaço.


E quanto aos problemas? É possível recuperar um SSD como um HDD?

Depende da natureza do problema. Há situações onde é possível e outras não.

Normalmente a adoção de uma nova tecnologia parte do ambiente corporativo. Com os SSDs, no entanto, a aposta inicial foi feita pelos consumidores. Você acredita que as empresas irão absorver a tecnologia?

Eu acho que o mercado se desenvolverá na direção do SSD. Os departamentos de TI estão mais atentos ao custo por gigas do que os consumidors. Por esse motivo, estão menos abertos a alterar tudo para SSDs, mas acredito que a longo prazo esse será o caminho natural, pois há muitas vantagens,  principalmente para as empresas. Por exemplo, SSDs esquentam menos, consomem menos energia, portanto haveria uma redução nos gastos com refrigeração.

O mercado brasileiro será um grande mercado para SSDs. Já temos um bom desempenho, tanto com os consumidores, como nas empresas e governo. É crítico para a SandisK possuir uma presença forte no Brasil. O tempo para a adoção em massa dos SSDs é muito oportuno.

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