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Empreendedores podem criar assistentes virtuais em até 5 minutos com o GPTMaker

Desenvolvida pelo Grupo Irrah, solução faz com que companhias automatizem o atendimento aos clientes em até 70%

Cesar Baleco: CEO do Grupo Irrah (EXAME/Divulgação)
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Publicado em 18 de dezembro de 2023 às 09h47.

Última atualização em 18 de dezembro de 2023 às 10h15.

Fundado em 2004, o Grupo Irrah se notabilizou por fornecer soluções para companhias de tecnologia. Não à toa, cerca de 80% do faturamento está relacionado a empresas de desenvolvimento de software. Com mais de 30 mil clientes, o grupo dispõe de um laboratório de pesquisa e inovação cuja razão de ser é desenvolver novas soluções. No ano passado, por exemplo, o laboratório mergulhou a fundo no metaverso. “Não encontramos nenhuma solução que realmente impacte o mercado”, conta Cesar Baleco, CEO do Irrah.

Em maio deste ano, porém, a companhia apresentou uma solução com enorme potencial para alavancar empreendimentos dos mais variados portes. Falamos do GPTMaker, que começou a ser desenvolvido em janeiro. “Já se falava muito de inteligência artificial generativa àquela altura, mas poucas pessoas estavam conseguindo utilizá-la de fato”, lembra Baleco. “Decidimos facilitar o uso dela nos negócios”.

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O que o GPTMaker faz? Ele permite que empreendedores criem assistentes virtuais para suas empresas em até 5 minutos. Basta dar um nome para o chatbot e indicar o site do seu negócio, de onde as informações necessárias para a interação com a clientela serão retiradas. Também é possível carregar documentos em PDFs ou Word com dados específicos do empreendimento.

Quanto mais informações relevantes você fornecer, mais preparado seu assistente virtual estará — o risco de que informações erradas sejam repassadas está descartado. “Quando nossas automações são incapazes de responder ao que foi perguntado, elas transferem a dúvida para algum funcionário”, explica Baleco. Concluído o processo de configuração, bastam alguns instantes até o chatbot ficar apto para tirar uma porção de dúvidas dos clientes.

Baseado no GPT 4.0 e homologado pela OpenAI, o GPTMaker pode ser integrado com WhatsApp, Telegram, Instagram e Facebook. “Há clientes que utilizam nossa plataforma só para criar respostas automáticas para o Instagram”, exemplifica Baleco. Indicados principalmente para áreas de marketing e vendas, os chatbots desenvolvidos por meio da ferramenta do Grupo Irrah fazem com que companhias de diversos portes automatizem o atendimento aos clientes em até 70%.

O GPTMaker oferece três planos de assinatura. O Básico custa R$ 87 por mês e dá direito a 2,5 mil créditos de mensagem (cada um deles corresponde a uma interação do chatbot). Inclui interface para site e redes sociais e permite o desenvolvimento de até cinco assistentes virtuais. O que o plano Standard, a R$ 397 mensais, tem de diferente? Uma oferta de 10 mil créditos de mensagem e 20 assistentes. Já o plano Corporate envolve 30 mil créditos de mensagem e 50 assistentes. Custa R$ 997 por mês.

O ideal, explica Baleco, é criar assistentes virtuais diferentes para cada tipo de interação com a clientela. “Se o seu interesse é criar um chatbot para aumentar as vendas, recomendo a configuração de três assistentes, para etapas distintas”, diz o CEO. Uma delas, sugere, deveria ser programada só para obter informações dos clientes — tudo para descobrir se eles realmente vão comprar alguma coisa.

A segunda assistente, que deve entrar em cena em seguida, deveria se concentrar em tirar todas as dúvidas possíveis sobre o produto ou serviço à venda. A terceira, por sua vez, deveria ter a missão de fazer o possível para fechar negócio — com a ajuda, por exemplo, de um desconto previamente definido. “É um erro achar que uma única automação dá conta de tudo”, registra o CEO. “Melhor apostar em várias, cada uma delas com uma funcionalidade própria e até com tom de voz específico”.

Atualmente, o GPTMaker tem cerca de 300 assinantes. Um deles é um professor universitário às voltas com 11 mil alunos de cursos EAD. Antes, ele perdia muitas horas do dia respondendo a dúvidas dos estudantes. Com a automação que criou com o GPTMaker, começou a ter tempo livre para dar mais aulas — em outras palavras, passou a ganhar mais dinheiro.

Uma prefeitura recorreu à plataforma para criar uma automação de utilidade pública. Por meio dela, os cidadãos podem obter segunda via do IPTU, por exemplo, e até informar a existência de buracos na rua — quando o problema é resolvido, quem fez a reclamação recebe uma notificação.

Outro assinante do GPTMaker é uma transportadora de contêineres, que antes de criar o próprio chatbot mantinha uma equipe de 28 atendentes de prontidão. Agora são apenas 12. “A IA permite que funcionários que antes ficavam a postos só para tirar dúvidas possam desempenhar tarefas mais estratégicas”, lembra Baleco.

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