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Em viagem à Europa, Zuckerberg tenta mostrar a nova fase do Facebook

O presidente e fundador da rede social, Mark Zuckerberg, terá encontros com comissários da União Europeia nesta segunda-feira

Facebook: encontro acontece dias após Zuckerberg dizer que as redes sociais deveriam ser mais reguladas (Erin Scott/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 06h13.

Última atualização em 17 de fevereiro de 2020 às 06h25.

Mark Zuckerberg tenta mostrar que o Facebook está disposto a colaborar. Pressionado nos últimos anos por causa da forma como o Facebook lida com a privacidade dos usuários, o fundador e presidente da rede social está usando uma viagem à Europa nesta semana para dizer que deseja dialogar para ajudar a implementar novas regulações sobre as empresas de internet.

Nesta segunda-feira, 17, Zuckerberg terá um encontro com a liderança da União Europeia para discutir novas regras fiscais e regulamentações que a rede social pode passar a cumprir fora dos Estados Unidos. A reunião será com Margrethe Vestager, comissária europeia de Concorrência e chefe das operações digitais, e Thierry Breton, comissário de mercado interno da UE.

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O encontro acontece dias depois de Zuckerberg dizer que as redes sociais deveriam ser mais reguladas pelos governos. No sábado, Zuckerberg fez uma apresentação na Conferência de Segurança de Munique e afirmou que as empresas precisam ser mais reguladas pelos governos. “Mesmo que eu não acabe concordando com todas as regulações no curto prazo, creio que elas ajudarão a criar confiança e melhor governança sobre a internet e todos irão se beneficiar, incluindo nós mesmos no longo prazo”, disse o executivo.

Em 2018, Zuckerberg já havia comparecido a uma audiência em Bruxelas sobre os dados vazados de 2,7 milhões de europeus para a consultoria política Cambridge Analytica.

No próximo dia 19 de fevereiro, os comissários europeus Margrethe Vestager e Thierry Breton devem anunciar uma proposta para a criação de uma espécie de mercado comum de dados europeu, que tem como objetivo estabelecer regulamentações para gigantes da tecnologia dos Estados Unidos.

Zuckerberg também tem dito que o Facebook está disposto a aceitar novas normas fiscais, para que passe a pagar mais impostos, o que é uma das propostas que a União Europeia deve fazer. “Entendo que exista uma frustração em relação à forma como as tecnológicas são taxadas na Europa. Nós também queremos reformas fiscais e estou satisfeito que a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) esteja a olhar para este assunto”, disse ele em seu discurso no sábado, citando o estudo que está sendo liderado pela OCDE sobre como taxar serviços digitais.

A nova postura do Facebook coincide com um esforço da rede social para reverter as críticas que vinha sofrendo nos últimos anos em relação à privacidade. Hoje a empresa diz ter mais de 1.000 engenheiros de softwares dedicados apenas para lidar com essa questão. Zuckerberg, como se vê, percebeu que a ameaça era séria.

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