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Brasileiros Criam oficina de impressão 3D nos Estados Unidos para vender bonecos customizados com o rosto dos clientes

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Filipe Serrano

Publicado em 1 de outubro de 2014 às, 19h00.

Esqueça as selfies. Que tal registrar o próprio rosto em uma miniatura feita com impressora 3D? Bonecos assim são a aposta da PetitMe, empresa fundada por dois empreendedores brasileiros em Miami, nos Estados Unidos. O serviço estreou no fim de agosto e permite encomendar pela internet uma miniatura customizada com seu rosto, no modelo que desejar. 

Aproximadamente 50 opções estão disponíveis, com bonecos que representam profissões ou hobbies. “Temos modelos de piloto de kart, pescador, homem e mulher de negócios, jogador de boliche, de basquete, de futebol, médico, bombeiro e crianças”, diz Joaquim Venancio, um dos fundadores e diretor de tecnologia da empresa. 

A pessoa escolhe o modelo, envia fotos do rosto (de frente e de perfil) e define as cores das roupas. Os bonecos têm altura entre 13 e 18 centímetros e são criados por uma impressora 3D com um material que mistura gesso e tinta. Em seguida, as figuras passam por um acabamento sintético especial para deixar a figura com brilho e resistência. “Esse processo é um dos diferenciais. É nosso segredo industrial”, diz Venancio. A miniatura leva até 20 dias para ficar pronta e outros 20 para ser entregue no Brasil. 

Como esse é um mercado novo, Venancio e o sócio, Victor Mendes, apostam principalmente em uma área em que já existe procura por miniaturas: os bonecos de casamento, chamados topos de bolo. Dependendo do modelo do vestido da noiva, segundo Venancio, é possível fazer a modelagem com base no vestido real. 

A PetitMe não é o único projeto em impressão 3D dos sócios brasileiros em sua oficina. Eles montaram um grupo de empresas, chamado -Prin-vix, para prestar diversos serviços, cada um sob uma marca diferente. 

O site 3DVix é uma delas e permite que designers coloquem suas criações 3D à venda. A produção e a entrega ficam sob responsabilidade da empresa dos brasileiros. Outra iniciativa é a Vixbot, uma impressora 3D básica que eles pretendem vender na América do Sul. Em breve, os sócios também vão colocar no ar outros projetos, como uma loja online de esculturas 3D criadas por artistas renomados e uma loja de joias feitas com a mesma técnica.

 “Sustentar um negócio nessa área é um desafio grande porque a demanda ainda é pequena. Então criamos um modelo para atuar em várias frentes, cada uma em um nicho”, diz Venancio.