Tecnologia

Elon Musk aposta em plataforma de vídeos "estilo YouTube" para compensar perda de receitas do X

No encalço do bilionário, há também a fuga de anunciantes da plataforma, que perdeu quase 20 milhões de usuários no último fim de semana. Com a função de streaming, espera-se que a plataforma obtenha mais engajamento ao ser incluída em TVs conectadas

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 4 de setembro de 2024 às 15h26.

Última atualização em 4 de setembro de 2024 às 15h27.

A plataforma X, antigo Twitter, anunciou nesta quarta-feira, 4, o lançamento de um novo app de streaming para TV, disponível em “diversas lojas de aplicativos”, como parte de uma estratégia mais ampla para atrair anunciantes, criadores e parceiros, focando em uma plataforma que se assemelha ao YouTube. O movimento ocorre seis dias após a rede social de Elon Musk perder 20 milhões de usuários brasileiros, com a suspensão do site no país após decisão do STF.

Falamos com a diretora da Bluesky sobre o futuro da rede social no Brasil

Linda Yaccarino, CEO do X, já havia mencionado os planos para lançar apps de TV em abril deste ano. O objetivo é reviver os negócios publicitários, num momento em que a receita da empresa está afundando por lidar com conteúdos problemáticos, por vezes considerado tóxicos ou criminosos, o que leva a uma queda constante, ainda que lenta, no número de usuários.]

O novo app de TV já está disponível, em versão beta, no Amazon Fire TV e Google TV, mas ainda não há sinais de lançamento para plataformas como Apple TV ou Roku.

Histórico de apostas em vídeo

Não é a primeira vez que a plataforma experimenta o setor de TV. Em 2016, ainda sob o nome Twitter, a empresa lançou uma série de apps de TV, que foram encerrados dois anos depois. Na época, a ideia era integrar o consumo de eventos ao vivo e o engajamento na plataforma, mas os resultados foram limitados. Agora, X tenta novamente emplacar o vídeo como eixo central de sua monetização e atração de criadores.

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