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Eletrônicos viraram lixo, e agora?

No Rio, a Fábrica Verde, projeto da Secretaria do Estado do Meio Ambiente, recolhe e reaproveita quaisquer tipos de eletrônicos

Wall-e (Wall-e, Walt Disney Productions/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 06h13.

Prezado Afonso,

Preciso saber quem faz coleta de lixo eletrônico, sem custos financeiros, no Rio de Janeiro. Agradeço a informação, Gil Rocha.

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Caro Gil, lixo eletrônico realmente é um problema. Um novo estudo encomendado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior revelou que o Brasil deve gerar 1,1 mil toneladas do também chamado e-lixo este ano. De acordo com esse levantamento, essa quantidade vai aumentar para quase 1 250 toneladas em 2015. O estudo foi preparado para auxiliar a implantação da logística reversa de eletroeletrônicos, de acordo com o que exige a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O levantamento diz também que as 150 maiores cidades do país, a grande maioria do Sul e Sudeste, produzem nada menos que dois terços desse montante. Inclusive o Rio, onde você procura quem recolha e recicle seus equipamentos.

Pesquisei bastante e encontrei uma iniciativa muito interessante no Rio Janeiro. No final do post também indico caminhos para a reciclagem de eletrônicos em outras regiões do Brasil.

No Rio, a Fábrica Verde, projeto da Secretaria do Estado do Meio Ambiente, recolhe e reaproveita quaisquer tipos de eletrônicos – de computadores e seus periféricos até celulares, aparelhos de som, cabos e carregadores, entre outros. De graça.

O mais bacana: tudo o que para você não passa de tralha que ocupa espaço em casa se transforma em material útil para promover a inclusão digital de crianças e adolescentes de baixa renda. O projeto ministra cursos de capacitação profissional em montagem e manutenção dos equipamentos para esses jovens. Assim, surgem oportunidades de emprego para muita gente. Depois de recuperados, esses eletrônicos serão reutilizados em telecentros nas comunidades mais carentes.

As suas doações para a Fábrica Verde podem ser feitas nestes lugares:

Fábrica Verde, Complexo do Alemão - Avenida Itaóca, 1961 – Bonsucesso;

Fábrica Verde, Rocinha -Estrada da Gávea, 486, Bl 20 (Rua da Casa da Paz), tel. 21-2332-2935 / 2984 / 1983, fabricaverde2@gmail.com;

Fábrica Verde, Tijuca (Morro do Chacrinha) - Rua Oscar Pimentel, Nº 80, tel. 21-2334-2535, fabricaverde2@gmail.com;

Colégio Tereziano - Rua Marques de São Vicente, 331 – Gávea;

PUC - Rio - Edifício Cardeal Leme, próximo ao Banco Itaú  - Rua Marques de São Vicente, 225 – Gávea;

Escola Nova - Rua Major Rubens Vaz, 392 – Gávea;

Condomínio Solar da Barra - Rua Vilena de Moraes, 240 – Barra;

Escola Édem - Rua Gago Coutinho, 14 – Laranjeiras;

Dataprev - Rua Prof. Álvaro Rodrigues, 460 – Botafogo  Rio de Janeiro – RJ, 22280-040 - 11ºandar sala 1103;

Ceasa - Avenida Brasil, nº 19.001 – Irajá.

Aproveito para deixar também dicas de entrega de lixo eletrônico em outras cidades brasileiras. No site do Cempre – Compromisso Empresarial para Reciclagem estão os contatos de inúmeras empresas que recolhem e reciclam material eletrônico (computadores, eletrodomésticos, pilhas e baterias e até lâmpadas) em todo o país.

É possível também devolver seus equipamentos usados para os próprios fabricantes. Informações nos sites da Dell, Nokia, HP, Motorola, Philips.

A Samsung faz a coleta de cartuchos de toner de suas impressoras em sua casa. Basta agendar. Mas no site da empresa coreana não há nada sobre recolhimento e reciclagem de seus aparelhos eletrônicos. Vamos cobrar dela e, inclusive, de outras fabricantes que não estão nesta lista. E usar nossos equipamentos ao máximo da sua vida útil.

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Tem alguma dúvida sobre sustentabilidade no seu dia a dia? Então faça sua pergunta. Envie seu e-mail parapergunteaoafonso@gmail.com. Sua dúvida será respondida no blog Sustentável na prática.

AFONSO CAPELAS JR é paulistano, jornalista e produz textos sobre meio ambiente, turismo ecológico e sustentabilidade desde que saiu da faculdade (ou seja, faz tempo). Colabora com a revista National Geographic e o site do Planeta Sustentável. Neste blog – atualizado às terças e sextas - debate com os leitores ideias sobre o que podemos fazer pela sustentabilidade em nosso dia-a-dia. Sem dor, sem chatice, sem imposição, mas com a consciência de que não vivemos mais a era do desperdício. Afinal, está na hora de enfrentarmos o século 21. Você tem dúvidas sobre como ser sustentável na prática? Então, pergunte para o Afonso! As mais relevantes serão respondidas.

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