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E-commerce será puxado pelos setores de moda e beleza

No ano passado, a categoria de produtos ligados à moda e acessórios se consolidou como um dos cincos maiores mercados por número de pedidos no comércio eletrônico

Entre os internautas que adquiriram seu primeiro produto por meio da internet no ano passado 61% pertencem à classe média (Divulgação)

Entre os internautas que adquiriram seu primeiro produto por meio da internet no ano passado 61% pertencem à classe média (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2012 às 15h33.

São Paulo - As vendas de roupas, calçados, artigos esportivos, medicamentos, produtos de beleza e saúde apresentam as maiores perspectivas de crescimento no mercado de e-commerce brasileiro, devendo puxar o número de pedidos. "O problema antes era a falta de padronização do tamanho das roupas e o fato dos consumidores não estarem acostumados a comprar certos produtos pela internet", disse o diretor geral da empresa de monitoramento de comércio eletrônico, e-bit, Pedro Guasti.

No ano passado, a categoria de produtos ligados à moda e acessórios se consolidou como um dos cincos maiores mercados por número de pedidos no comércio eletrônico, com uma participação de 7%. O setor de vestuário, particularmente, vem estabelecendo referências de tamanho e numeração para peças infantil, masculina e feminina. Isso é essencial para as varejistas online, porque reduz a possibilidade de trocas e devoluções.

Outro segmento que avança na venda por meio da internet é o de saúde, beleza e medicamentos, que respondeu também por 7% dos pedidos realizados por consumidores no e-commerce brasileiro em 2011. A liderança segue com eletrodomésticos (15%), seguido pelo de informática (12%) e eletrônicos (8%).

Consumidores

Entre os internautas que adquiriram seu primeiro produto por meio da internet no ano passado 61% pertencem à classe média. Segundo a diretora de negócios da e-bit, Cris Rother, os clientes das classes A e B compram mais por impulso, enquanto os da C e D demoram mais para fechar a compra.

Segundo levantamento da e-bit, em 2011, houve um aumento do número de clientes que disseram estar "satisfeitos" com as compras, atingindo um porcentual de 86,45%, ante 85,62% do ano imediatamente anterior, quando esse indicador foi influenciado negativamente por problemas com atrasos nas entregas do período que antecedeu aquele Natal.


No final do ano passado, 13% dos consumidores relataram que os pedidos estavam fora dos prazos acordados com as empresas no momento da compra, frente a 17% da mesma data de 2010, informou Guasti. "A média do final do ano passado ficou entre 11% e 13%, próximo à média anual", destacou.

Guasti ressaltou ainda que as vendas no final do ano passado foram incentivadas pelos saldões "Black Friday", em novembro, e "Boxing Day", após o Natal, cujas vendas somaram R$ 158 milhões, que representam um incremento de 91% sobre os mesmos períodos de 2010.

De acordo com a pesquisa, no último trimestre do ano passado, as 50 maiores empresas do setor responderam por 87,73% do faturamento, ante 89,27% no mesmo período de 2010. Esse espaço foi ocupado por pequenos e médios sites de comércio eletrônico, que elevaram sua fatia, no mesmo intervalo, de 10,73% para 12,27%.

Compras coletivas

O segmento de compras coletivas registrou um faturamento de R$ 1,6 bilhão no ano passado, com um total de 20,5 milhões de tíquetes emitidos. Como a modalidade chegou ao Brasil em 2010, os números não são comparáveis. O tíquete médio dessas transações ficou em R$ 78 no ano passado.

"Esperamos que este mercado passe por uma forte fase de consolidação e profissionalização, com empresas menores sendo adquiridas. Outras empresas devem se especializar em nichos de mercado ou atuar de forma regionalizada", afirmou. A categoria de saúde e beleza lidera o número de pedidos, seguida pela de gastronomia e produtos.

No ano passado, o total de consumidores das compras coletivas atingiu 9,98 milhões, segundo a e-bit. O número de empresas ativas neste negócio aproxima-se de 500, estima Guasti.

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