comercio eletronico (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h26.
São Paulo - Motivados pela busca de preços mais baratos na internet, os consumidores brasileiros fizeram o faturamento do comércio eletrônico nacional avançar 24 por cento no primeiro semestre sobre igual período de 2012, chegando a 12,74 bilhões de reais.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela E-bit, empresa especializada em informações sobre o setor, o número de pedidos subiu 20 por cento na comparação anual, para 35,54 milhões de pedidos, enquanto o tíquete médio cresceu 4 por cento, atingindo 359,49 reais.
O diretor geral da E-bit, Pedro Guasti, afirmou que a deterioração do cenário econômico levou os consumidores a adotarem uma postura mais cautelosa nas compras, priorizando facilidades de parcelamento e ofertas de preços mais baixos, características próprias do comércio online.
Segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas totais no varejo subiram 3 por cento na primeira metade do ano --oito vezes menos que as compras fechadas pela web no mesmo período.
"A internet tem uma dinâmica bastante diferente, pautada pela entrada de novos consumidores e a possibilidade de comparar preços", afirmou Guasti, acrescentando que as compras online representam 3,5 a 4 por cento das vendas de todo o varejo atualmente, podendo chegar a 8 a 10 por cento --percentual apresentado nos Estados Unidos-- num prazo de três a sete anos. [quebra]
O crescimento mostrado no semestre reforça as previsões positivas da E-bit para o acumulado do ano, que foram mantidas. A expectativa é que o faturamento de 2013 chegue a 28 bilhões de reais, alta de 25 por cento sobre o ano passado.
Moda - Pela primeira vez, a categoria de moda e acessórios atingiu a liderança de vendas online, com 13,7 por cento dos pedidos do primeiro semestre, tomando a liderança dos eletrodomésticos.
Há seis anos, a categoria de moda ocupava a 26a posição do ranking. De acordo com Guasti, a forte atuação de grandes varejistas eletrônicas, como Netshoes e Dafiti, é relativamente recente, o que ajuda a explicar a ascensão deste segmento.
O diretor geral da E-bit completou que apesar de a internet contar com milhares de vendedores, muitos deles de pequeno porte, cerca de 50 grandes lojas respondem por 80 por cento do faturamento total.
A categoria de eletrodomésticos foi a segunda mais vendida de janeiro a junho, com uma participação de 12,3 por cento nos pedidos, seguida por cosméticos, perfumaria, cuidados pessoais e saúde (12,2 por cento), informática (9 por cento) e livros, assinaturas e revistas (8,9 por cento).