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Doses menores de medicamentos para coração salvam vidas, diz estudo

Esta descoberta foi uma surpresa para os pesquisadores

Coração (Luke Walker / Stock Xchng)

Coração (Luke Walker / Stock Xchng)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 07h56.

As pessoas que sofrem um ataque cardíaco vivem mais quando tomam um quarto da dose de betabloqueadores usualmente prescrita - é o que revela uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

O estudo, publicado na revista da American College of Cardiology, se baseou em mais de 6.682 pacientes cujas taxas de sobrevivência após um ataque cardíaco foram relacionadas à quantidade de betabloqueadores que tomaram.

Os betabloqueadores ajudam a prevenir a falha cardíaca ao deter o efeito da adrenalina no coração e evitar a arritmia. São prescritos a quase todas as pessoas que sofreram um ataque cardíaco.

Mas o estudo descobriu que os pacientes que tomam um quarto da dose usualmente prescrita têm 20 a 25% a mais de possibilidades de sobreviver, em comparação àqueles que tomaram a dose regular.

Esta descoberta foi uma surpresa para o principal autor do estudo, Jeffrey Goldberger, professor de cardiologia da escola de medicina da Northwestern University.

"Acreditávamos que os pacientes tratados com doses menores iam ter uma taxa de sobrevivência pior", disse Goldberger. "Ficamos surpresos em descobrir que sobreviveram bem e talvez até melhor".

A pesquisa mostrou que 14,7% dos que receberam a dose completa morreu ao longo de dois anos.

Em contrapartida, 12,9% dos que tomaram meia dose morreram antes de dois anos, assim como 9,5% dos que tomaram um quarto da dose.

Os estudos clínicos anteriores não avaliaram qual é a dose apropriada de betabloqueadores para cada paciente, embora, segundo Goldberger, pesquisas neste sentido estejam sendo iniciadas.

"Provavelmente não há uma dose correta que sirva a todos os pacientes", explicou Goldberger.

"Não faz sentido que a mesma dose funcione para um homem frágil de 80 anos que teve um pequeno ataque cardíaco e a um homem corpulento de 40 anos que sofreu um ataque forte".

 

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