"Hotspot 2.0" permite a conexão automática a redes Wi-Fi por usuários de serviços móveis a partir da identificação via SIMcard (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2012 às 15h27.
São Paulo - Três anos atrás, as operadoras de telecomunicações respondiam por menos de 5% da demanda mundial por equipamentos Wi-Fi.
Agora, essa participação está entre 10% e 20% de um mercado que movimenta anualmente cerca de US$ 3 bilhões no mundo, estima o vice-presidente de mobilidade da Cisco, Tom Wilburn. "As redes móveis são caras. Por isso as teles investem em Wi-Fi. Temos projetos dessa tecnologia com grandes operadoras no mundo todo", comenta o executivo, que está em visita ao Rio de Janeiro esta semana por conta de um evento corporativo da empresa na cidade.
Uma das frentes da Cisco para atender à demanda de operadoras de telefonia consiste no desenvolvimento do chamado "hotspot 2.0", que permite a conexão automática a redes Wi-Fi por usuários de serviços móveis a partir da identificação via SIMcard, tal como acontece hoje em redes celulares no mundo todo, sem a necessidade de escolha de uma WLAN e de autenticação.
A solução foi apresentada em Barcelona durante a edição deste ano do Mobile World Congress.
BYOD
Do lado do mercado corporativo, a aposta da Cisco em mobilidade está na necessidade por soluções de gerenciamento de acesso, especialmente em um cenário em que funcionários usam celulares e tablets pessoais na comunicação com sistemas corporativos.
"Segundo o Gartner, em 2014, 90% das empresas no mundo terão adotado políticas de Bring Your Own Device (BYOD). Mas, hoje, 100% delas já enfrentam problemas relacionados a essa tendência", analisa Wilburn. "Aceitar o BYOD envolve até a disputa por talentos. Os funcionários querem usar seus aparelhos pessoais no trabalho" avalia.
A proposta da Cisco é oferecer uma plataforma unificada para gerenciamento de acessos que dialogue simultaneamente com as redes cabeada e sem fio dentro das empresas, além do acesso remoto dos funcionários.