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Cuba planeja criar redes sociais para combater ações dos EUA

Chefe da Etecsa diz que companhia estatal de telecomunicações tem "um plano bastante abrangente" para oferecer diferentes tipos de "serviços" próprios

Estatal de telecomunicações: "Etecsa condena o uso ilegal dos serviços de telecomunicações contra suas redes de usuários", declarou chefe do Departamento de Segurança da companhia (Escla/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 17h04.

Cuba planeja criar suas próprias redes sociais para combater as ações de plataformas como o "Zunzuneo", criadas pelo governo dos Estados Unidos com finalidades "subversivas" contra a ilha, informou uma autoridade cubana.

"Nossa ideia é que ninguém tenha que inventar um serviço para os nossos usuários", mas que "a empresa possa fornecer todos os serviços possíveis para evitar coisas do tipo", declarou o chefe do Departamento de Segurança da companhia estatal de telecomunicações Etecsa, Daniel Ramos.

A Etecsa tem "um plano bastante abrangente" para oferecer diferentes tipos de "serviços", acrescentou Ramos em entrevista coletiva.

O Zunzuneo foi implementado em 2009 pela Usaid, uma agência do governo americano que financia programas sociais em países em desenvolvimento, como uma plataforma alternativa para troca de mensagens com o objetivo de desestabilizar o governo cubano, segundo revelaram em 3 de abril investigações da imprensa em Washington.

Essa rede, destinada à distribuição de mensagens por celular, chegou a ter 68.000 membros, de acordo com a Usaid, que nega tê-la criado como parte de uma operação secreta.

O serviço encerrou suas operações em 2012, por falta de financiamento.

Ramos afirmou que o Zunzuneo, como outra rede similar chamada Piramideo, ainda está ativo. Ele "foi criado para atacar as redes cubanas", denunciou, acrescentando que a Etecsa investiga a forma com que essas plataformas acessam bancos de dados de clientes da empresa.

A "Etecsa condena o uso ilegal dos serviços de telecomunicações contra suas redes de usuários", declarou, após indicar que "todos esses eventos provocam a sobrecarga da capacidade da rede de telefonia móvel de Cuba", "ameaçando a qualidade do serviço".

Cuba exige que os Estados Unidos "parem suas ações ilegais e clandestinas" contra a ilha, afirmou, reagindo às revelações sobre o Zunzuneo.

Em uma audiência diante de uma comissão do Senado dos Estados Unidos nesta terça-feira, o diretor da Usaid, Rajiv Shah, foi duramente criticado por legisladores pelas revelações de que a sua agência havia implementado uma rede social em Cuba com empresas de fachada.

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Cuba planeja criar suas próprias redes sociais para combater as ações de plataformas como o "Zunzuneo", criadas pelo governo dos Estados Unidos com finalidades "subversivas" contra a ilha, informou uma autoridade cubana.

"Nossa ideia é que ninguém tenha que inventar um serviço para os nossos usuários", mas que "a empresa possa fornecer todos os serviços possíveis para evitar coisas do tipo", declarou o chefe do Departamento de Segurança da companhia estatal de telecomunicações Etecsa, Daniel Ramos.

A Etecsa tem "um plano bastante abrangente" para oferecer diferentes tipos de "serviços", acrescentou Ramos em entrevista coletiva.

O Zunzuneo foi implementado em 2009 pela Usaid, uma agência do governo americano que financia programas sociais em países em desenvolvimento, como uma plataforma alternativa para troca de mensagens com o objetivo de desestabilizar o governo cubano, segundo revelaram em 3 de abril investigações da imprensa em Washington.

Essa rede, destinada à distribuição de mensagens por celular, chegou a ter 68.000 membros, de acordo com a Usaid, que nega tê-la criado como parte de uma operação secreta.

O serviço encerrou suas operações em 2012, por falta de financiamento.

Ramos afirmou que o Zunzuneo, como outra rede similar chamada Piramideo, ainda está ativo. Ele "foi criado para atacar as redes cubanas", denunciou, acrescentando que a Etecsa investiga a forma com que essas plataformas acessam bancos de dados de clientes da empresa.

A "Etecsa condena o uso ilegal dos serviços de telecomunicações contra suas redes de usuários", declarou, após indicar que "todos esses eventos provocam a sobrecarga da capacidade da rede de telefonia móvel de Cuba", "ameaçando a qualidade do serviço".

Cuba exige que os Estados Unidos "parem suas ações ilegais e clandestinas" contra a ilha, afirmou, reagindo às revelações sobre o Zunzuneo.

Em uma audiência diante de uma comissão do Senado dos Estados Unidos nesta terça-feira, o diretor da Usaid, Rajiv Shah, foi duramente criticado por legisladores pelas revelações de que a sua agência havia implementado uma rede social em Cuba com empresas de fachada.

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