Cresce ameaça de invasão a celulares inteligentes, diz McAfee
Proliferação de aparelhos móveis como celulares inteligentes e tablets oferece novas oportunidades a hackers
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2011 às 09h05.
Londres - As ameaças de segurança a celulares cresceram muito no ano passado, já que a proliferação de aparelhos móveis como celulares inteligentes e tablets oferece novas oportunidades a hackers, afirma a produtora de software de segurança McAfee.
Em relatório de ameaças sobre o quarto trimestre, divulgado na terça-feira, a McAfee informa que os novos malware para celulares identificados pela empresa em 2010 subiram 46 por cento ante o total de 2009.
"À medida que mais usuários ganham acesso à Internet por meio de um conjunto cada vez mais extenso de aparelhos --computadores, tablets, celulares inteligentes ou TVs conectadas--, as ameaças online continuarão a crescer em tamanho e sofisticação", afirmou a companhia.
A McAfee, que está sendo adquirida pela Intel por 7,68 bilhões de dólares, prevê que a Adobe continuará a ser um dos alvos preferenciais de hackers este ano, depois de ultrapassar a Microsoft em termos de popularidade como alvo, em 2010.
A empresa atribuiu a tendência à popularidade crescente da Adobe em aparelhos móveis e ambientes em que software da Microsoft não é utilizado, aliada ao uso cada vez maior de arquivos em formato PDF para a distribuição de malware.
A McAfee afirmou que o Google Android, que no trimestre passado ultrapassou em popularidade o sistema operacional Symbian da Nokia entre celulares inteligentes, se tornou alvo de um cavalo de Troia que se oculta em aplicativos e jogos.
E os ataques a computadores por motivos políticos cresceram, segundo a empresa, com o mais conhecido protagonista sendo o grupo de ativistas conhecido como "Anonymous", que atacou páginas de organizações que considera hostis ao site WikiLeaks.
Confirmando tendência reportada por outras produtoras de software de segurança, a McAfee afirmou que o nível de spam decresceu acentuadamente, especialmente na segunda metade do quarto trimestre. O volume de spam no final do ano era 62 por cento inferior ao do começo.
Mas a companhia afirmou que a redução no spam a seu mais baixo nível de atividade em anos representa um simples período de transição, com diversas botnets --redes de computadores invadidos por hackers que agem de modo conjunto-- entrando em repouso durante um período normalmente movimentado do ano.