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Contra ataques de drones, campanha ironiza Michelle Obama

Como resposta a uma mensagem no Twitter de Michelle, usuários postaram a hashtag #BringBackYourDrones, sobre morte de civis causada por ataques americanos

Michelle Obama e ativista no Twitter: só no Paquistão, foram registrados 383 ataques com drones desde 2004 (Reprodução/Twitter)
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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 09h38.

São Paulo - Michelle Obama , a primeira-dama dos Estados Unidos, fez sucesso na última semana ao postar uma foto no Twitter em que segurava um pedaço de papel com a hashtag #BringBackOurGirls (tragam de volta nossas garotas, na tradução para o português). A publicação, que recebeu mais de 57 mil retweets, fazia um apelo ao grupo extremista Boko Haram, que sequestrou mais de 200 meninas na Nigéria.

Apesar do sucesso da publicação, outra campanha ganhou força para tratar de outro problema global: as denúncias de organizações internacionais sobre a morte de civis causada por ataques de drones americanos. Como resposta à mensagem de Michelle, usuários postaram a hashtag #BringBackYourDrones (tragam de volta seus drones).

O ativista islâmico Raza Nadim postou uma foto com a mensagem “Seu marido assassinou mais garotas muçulmanas do que o Boko Haram jamais poderia fazer. Nós não podemos trazer nossos mortos de volta".

De acordo com a organização britânica The Bureau of Investigative Journalism, só no Paquistão, foram registrados 383 ataques com drones desde 2004, sendo que 332 das ações aconteceram durante a administração do presidente Barack Obama. O número de vítimas fatais é estimado entre 2,296 a 3,719 pessoas, com 419 a 957 civis mortos. A falta de precisão nos dados se deve ao caráter secreto dos documentos emitidos pelo governo americano.

São Paulo – A diretora de Relações Públicas da IAC – empresa dona de sites como Vimeo e OkCupid – é a mais nova integrante da lista de profissionais que não seguiram as r egras básicas de comportamento nas redes sociais e se deram mal. Confira este e outros casos marcantes, nos últimos 3 anos, de demissões causadas por quem fala demais no Twitter ou no Facebook
  • 2. Justine Sacco

    2 /9(Arquivo pessoal/LinkedIn)

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    A executiva Justine Sacco já estava de malas prontas para uma viagem à África do Sul quando publicou o seguinte tuíte na sexta-feira passada: "Going to Africa. Hope I don't get AIDS. Just kidding. I'm white!" Algo como "Indo para a África. Espero não pegar AIDS. Brincadeira. Eu sou branca!", numa tradução livre. A repercussão nas redes sociais foi tão grande que a e a hashtag #JustineSacco despontou entre as s mais discutidas no Twitter. A mensagem foi apagada assim que Justine desembarcou. Mas a demissão já era certa, mesmo com o pedido de desculpas publicado em perfil criado pela executiva no Facebook.
  • 3. Flávio Gomes

    3 /9(Reprodução)

  • Em setembro deste ano, o jornalista Flavio Gomes, então apresentador do canal esportivo ESPN, soltou o verbo contra o árbitro Jailton Macedo Freitas após discordar de um pênalti a favor do grêmio em partida com a Portuguesa. Torcedor da Lusa, o jornalista não poupou palavrões e xingamentos: "O Grêmio é um time filho da ***. Ridículo. [...] Juiz vagabundo, timinho escroto desde 1903. São muito machos no Sul. Mas adoram dar a ***", escreveu. A ESPN demitiu o jornalista que, declarou, depois, ter se arrependido da brincadeira.
  • 4. Estagiárias do Senado

    4 /9(INFO/ Reprodução)

    Em fevereiro deste ano, duas estagiárias do Senado Federal perderam o emprego depois de publicarem uma foto de um rato – que supostamente apareceu no local- no Facebook. O problema foi a legenda que associava o animal ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL): “E a gente achou que o único problema aqui fosse o Renan Calheiros”, escreveram as jovens. A postagem rendeu o estágio das estudantes de administração e direito. Os nomes delas não foram divulgados, mas uma delas seria sobrinha de Joaquim Barbosa, presidente do STF, segundo reportagem do Correio Braziliense. Em nota, a coordenação de comunicação do Senado justificou a demissão das duas dizendo que elas são indisciplinadas e que, como não tratava-se de estágio sem vínculo empregatício, a desligamento fica a critério da Casa. O comunicado afirma que as estagiárias usaram o computador e a conexão com a internet do Senado durante o expediente para acessar o Facebook e divulgar conteúdo ofensivo.
  • 5. Anthony Weiner

    5 /9(Getty Images / Allison Shelley)

    Ao tornar pública – por engano- uma troca de mensagens inapropriada no Twitter, o deputado norte-americano Anthony Weiner viu sua carreira política ir por água abaixo. Uma confusão com botões da rede social fez com que uma foto dele de cueca viesse a público. O escândalo foi tamanho (em 2011) que ficou conhecido como Weinergate e custou-lhe a cadeira no Congresso já que teve que se afastar. O deputado admitiu que mantinha conversas eróticas pela rede de microblogs com seis mulheres.
  • 6. Gilbert Gottfried

    6 /9(Getty Images)

    Brincadeiras com tragédias sempre pegam mal, mas há quem insista em fazê-las. Gilbert Gottfried é um exemplo de comediante que perde o emprego mas não perde a piada de mau gosto. Em referência ao terromoto e tsumani que devastaram o Japão em 2011, o comediante resolveu ser “engraçadinho” e publicou na sua conta pessoal do Twitter: o Japão é realmente avançado. Eles não vão à praia. A praia vem a eles”. A piada resultou no fim do contrato do companhia de seguros Aflac, cujo mascote, um pato, era dublado pelo comediante.
  • 7. Alex Glikas

    7 /9(Reprodução)

    Uma “demissão temporária” foi o resultado colhido pelo diretor comercial da Locaweb, Alex Gilkas, depois de perder a linha e xingar a torcida do São Paulo, em março de 2010. Apoiador do rival Corinthians, Gilkas deixou o lado torcedor falar mais alto, como ele mesmo definiu em pedido de desculpas. O detalhe era que a Locaweb tinha fechado acordo de patrocínio com o Tricolor paulista e torcida se enfureceu após ser alvo de comentários homofóbicos. A Locaweb inclusive foi citada em um dos tuítes:: “Vamo (sic) Locaweb! Timão eooo!”. Após pressão são-paulina, Gilkas foi demitido, mas r econtratado depois que a poeira abaixou, ainda no mesmo ano .
  • 8. Octavia Nasr

    8 /9(Reprodução)

    Ao lamentar a morte do aitolá xiita Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah, líder do Hezbollah, a jornalista Octavia Nasr parece ter se esquecido de que no seu país, os Estados Unidos, ele era considerado um terrorista e que isso poderia “pegar mal”, ainda mais para uma editora da CNN. O tuíte foi imediatamente mal recebido e a demissão veio em seguida. De acordo com a CNN, a declaração da jornalista colocava em dúvida a sua credibilidade.
  • 9. Também dá para ficar famoso pedindo demissão, confira:

    9 /9(Creative Commons/Flickr/cogdog)

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