Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Comportamento seguro na internet diminui conforme a classe social do usuário

De acordo com pesquisa, trocar senhas bancárias ou das redes sociais — medida que ajuda a manter a segurança — não é um hábito recorrente das pessoas

Modo escuro

 (Westend61/Getty Images)

(Westend61/Getty Images)

A
André Martins

Publicado em 7 de janeiro de 2021, 17h11.

Última atualização em 7 de janeiro de 2021, 17h45.

Uma pesquisa realizada pela plataforma de compras e vendas online OLX mostra que o comportamento seguro do usuário brasileiro nas redes diminui conforme sua classe social.

De forma geral, 57% dos usuários nunca ou raramente trocaram a senha da conta bancária — comportamento que se sobressai nas classes C, D e E, em que, isoladamente, pelo menos seis em cada dez entrevistados nunca realizaram esse tipo de ação.

Uma análise isolada mostra que, na classe A, 41% dos entrevistados deixaram de alterar a senha recentemente. Na classe B, esse índice é ligeiramente maior, de 44%, e tem um salto significativo para as demais: na classe C1, o índice sobe para 63%, na C2, é de 63% e, por fim, de 68% nas classes D/E.

E não é só a senha do banco que apresenta esse tipo de vulnerabilidade. A pesquisa ainda compilou dados sobre a troca de senhas nas redes sociais. Os dados mostraram que 45% dos usuários ainda não a alteram com frequência e, novamente, a prática oscila conforme a classe social: 25% dos entrevistados da classe A dizem não adotar a medida de segurança, enquanto essa parcela aumenta para 31% na classe B, 47% na classe C1, 52% na classe C2 e 54% nas classes D/E.

Em um cenário que o comércio e as operações online cresceram durante a pandemia de covid-19, o resultado mostra que, apesar da afinidade para comprar pela internet, o brasileiro ainda tem um longo caminho a percorrer em relação à segurança de dados na internet para evitar fraudes e golpes.

Monitoramento dos filhos

Outro apontamento da pesquisa é a falta de monitoramento dos pais em relação aos conteúdos consumidos pelos filhos da internet. Dos entrevistados, 60% disseram que nunca ou raramente monitoram o conteúdo que os filhos consomem no ambiente digital.

E a variação dentro desse percentual aumenta conforme a classe social diminui: o conteúdo não é supervisionado por 44% dos consumidores da classe A, 49% da classe B, 66% da classe C1, 63% da classe C2 e 67% das classes D/E. Em relação ao gênero, 55% das mulheres não observam os filhos, enquanto o mesmo acontece com 65% dos homens.

"Ensinar crianças e adolescentes a usar os meios digitais de forma segura é essencial para criarmos futuros consumidores mais conscientes e menos suscetíveis a fraudes e golpes", comenta Beatriz Soares, diretora de produtos e operações da OLX.

Tem solução?

Segundo a diretora da OLX, Beatriz Soares, a solução é investir na educação do usuário no ambiente digital. "Da mesma forma que adotamos hábitos seguros quando andamos na rua, também precisamos desenvolvê-los para uma navegação segura. Manter os dados protegidos e trocar as senhas com periodicidade são medidas simples, mas que poucas pessoas colocam em prática", explica Soares.

Além da educação no ambiente digital, o poder público também tenta apresentar propostas para coibir fraudes e golpes na internet. Em novembro, o Senado aprovou o Projeto de Lei nº 4.554/2020, que aumenta a pena para fraudes digitais, conectadas ou não à internet. A matéria foi para análise da Câmara dos Deputados, mas ainda não foi para votação.

Produtos Recomendados pela Exame

Últimas Notícias

ver mais
Antes de anúncio da Apple, Meta apresenta novo capacete de realidade virtual
Tecnologia

Antes de anúncio da Apple, Meta apresenta novo capacete de realidade virtual

Há 9 horas
Apple testa novos Macs de última geração para impulsionar vendas
Tecnologia

Apple testa novos Macs de última geração para impulsionar vendas

Há 14 horas
O valor da inteligência artificial: mercado do ChatGPT pode atingir US$ 1,3 tri até 2032
Tecnologia

O valor da inteligência artificial: mercado do ChatGPT pode atingir US$ 1,3 tri até 2032

Há 14 horas
De estagiário na Microsoft a vice-presidente na OpenAI: Quem é Peter Deng, o novo PM do ChatGPT
Tecnologia

De estagiário na Microsoft a vice-presidente na OpenAI: Quem é Peter Deng, o novo PM do ChatGPT

Há 16 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais