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Como tornar a indústria mais competitiva

Boa gestão tecnológica coloca a inovação no centro da estratégia e eleva a produtividade. Por isso, automação industrial será cada vez mais importante

Fábrica do Grupo FCA (Fiat Chrysler) em Goiana, Pernambuco: processo automatizado (Clélio Tomaz/ ExclusivaBR!)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 12h27.

Última atualização em 7 de julho de 2017 às 12h31.

Com o avanço da tecnologia da informação e da automação, as indústrias deram um salto de produtividade nos últimos anos. Investir em inovação hoje já não é uma escolha, e sim uma necessidade para manter a competitividade. É nesse contexto que a gestão tecnológica vem ganhando cada vez mais espaço na estratégia corporativa.

O ganho de importância se dá num momento em que o custo da digitalização tornou-se mais acessível. No começo dos anos 1990, um chip com capacidade de 1 gigabyte custava 45 000 dólares. Hoje, custa em torno de 55 centavos de dólar. Atualmente, um tablet como o iPad tem mais capacidade de processamento que o computador mais avançado da metade da década de 1980.

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Essa realidade tem mudado a forma com que as empresas encaram a inovação. Há algum tempo, departamentos como o de pesquisa e desenvolvimento e o de tecnologia da informação tinham como missão dar suporte às atividades principais das indústrias. “Hoje, essas áreas estão preocupadas em modelar o que as empresas serão no futuro, pois o acesso à inovação ficou mais fácil”, diz Lucas Coêlho, diretor da consultoria de inovação Nexta. “Isso permite identificar oportunidades e fraquezas, o que as diferencia da concorrência.”

Um bom exemplo de como a gestão tecnológica é capaz de moldar os processos em busca de eficiência vem da indústria automobilística. Na fábrica do Grupo FCA (Fiat Chrysler), inaugurada no fim de abril em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, um sistema de automação permite aos mais de 6 000 funcionários produzirem até 45 carros por hora. “A automação é extremamente importante para garantir que os processos se repitam com o menor nível possível de perdas por controle de qualidade”, diz Antônio Damião, diretor de gestão de projetos estratégicos do Grupo FCA.

Na primeira fase da fabricação, o sistema permite sincronizar a instalação e a soldagem de cerca de 4 000 peças que formam o molde básico de um carro. O layout da planta foi projetado para facilitar a movimentação das máquinas e dar boas condições de ergonomia aos funcionários. “Por meio do controle automatizado, conseguimos coordenar o trabalho de 16 fornecedores, que ficam instalados no nosso polo automotivo, para que suas peças cheguem à fábrica no exato momento da montagem”, diz Damião.

Na gigante de bebidas Ambev, que faz parte do maior grupo cervejeiro do mundo, uma área específica de automação acompanha as principais tendências de tecnologia do setor para propor mudanças capazes de aumentar a competitividade. De acordo com Marcello Gulinelli, coordenador corporativo de automação da Ambev, a digitalização na indústria é um caminho sem volta para as empresas que querem ser relevantes num cenário globalizado e dinâmico. “Entre os principais ganhos está a possibilidade de trabalhar de maneira interativa com diversas áreas da companhia, o que aumenta o controle sobre os processos e dá mais agilidade à tomada de decisões”, diz Gulinelli.

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