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Como funciona o Apple Card, o 1° cartão de crédito da Apple

Cartão está disponível apenas para os Estados Unidos, mas deve chegar aos demais países em breve

Apple: Apple Card atua integralmente com o sistema iOS (Apple/Reprodução)

Apple: Apple Card atua integralmente com o sistema iOS (Apple/Reprodução)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 30 de agosto de 2019 às 05h55.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 05h55.

São Paulo - Criado em parceria com o banco Goldman Sachs, dos Estados Unidos, o Apple Card é o primeiro cartão de crédito desenhado pela Apple. O cartão foi pensado para atuar juntamente ao iPhone e Apple Watch, por meio dos aplicativos internos Apple Wallet e Apple Pay, para facilitar que o usuário dos produtos móveis da marca Apple tenha o seu dinheiro dentro do próprio celular, sem a necessidade de carregar consigo um cartão físico.

Diferentemente da maioria dos cartões de crédito, o Apple Card não vem com um número ou um código de verificação (CVV). Toda a informação necessária relacionada ao cartão está armazenada no aplicativo Wallet, portanto, é necessário que o indivíduo possua um iPhone ou um Apple Watch para que seja capaz de utilizar o cartão de crédito da Apple - assim como ocorre com a maioria dos produtos da companhia, que são desenvolvidos para combinarem com outros.

Uma vantagem do Apple Card é que não é necessário pagar alguma taxa para tê-lo. O cartão também não requer uma taxa anual ou mensal, diferentemente dos cartões tradicionais. O usuário que utilizar o cartão junto com o aplicativo Apple Pay ganhará alguns benefícios. Entre eles, estão: 2% de retorno financeiro em todas as compras pelo aplicativo, 3% em todas as compras realizadas diretamente com a Apple e 3% em compras realizadas com lojas participantes.

Em bancos tradicionais, o usuário tem que esperar alguns dias - geralmente 30 - para que o crédito de estorno seja direcionado para a sua conta. No caso da Apple, ele cai imediatamente no Wallet, para a conta Apple Cash, onde está guardado o dinheiro do indivíduo. Esse dinheiro pode ser utilizado para realizar compras, mesmo sem ser depositado no Apple Card, ou para pagar o cartão no final do mês. Devido ao fato de o cartão ser completamente integrado com os aplicativos financeiros da Apple, é possível adquirir e verificar todas as informações sobre as compras realizadas por meio do celular.

O Apple Card, porém, ainda não está disponível para todos. Para receber o cartão, existem algumas restrições, como: o usuário precisa ter 18 anos, residir legalmente nos Estados Unidos, ter um smartphone Apple que possua os sistemas iOS 12 ou 13, ser usuário da autenticação de dois fatores e ter acesso ao serviço de nuvem da companhia, iCloud. Alguns usuários, porém, estavam dentro das restrições citadas e, ainda assim, alegaram que tiveram seu pedido negado.

Justificando, a empresa soltou um comunicado informando que, como o Goldman Sachs é o único banco, até o momento, com o qual a Apple fez parceria para que o seu cartão de crédito exista, o número de clientes permitido é limitado. O produto deve estar disponível, futuramente, para mais países e indivíduos. Outro fator que pode impedir que o usuário consiga o cartão, segundo a Apple, é o índice da pontuação de crédito em bancos tradicionais e a renda anual. Usuários que pedem, frequentemente, empréstimos ou novos cartões não estão elegíveis para adquirirem o Apple Card.

Apesar de parecer uma boa opção para empresas, o Apple Card não foi feito para elas. Ele é associado a uma única pessoa física e não permite adicionar dependentes. Ou seja, hoje, ele não pode ser nem o único cartão de crédito da família. No futuro, isso pode até mudar, mas atualmente ele só pode ter um único dono.

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