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Como escapar das fraudes digitais

Ex-hacker explica como se proteger de crimes digitais, que estão se tornando cada vez mais elaborados

Perigo digital: redes wi-fi desconhecidas podem ser criadas por criminosos para roubar dados dos usuários (Getty Images)
VD

Vanessa Daraya

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 19h01.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2017 às 16h39.

A cada 17 segundos, um brasileiro é vítima de uma tentativa de golpe que envolve roubo de identidade. Apesar de empresários e investidores estarem mais expostos, os idosos têm se tornado as vítimas preferidas dos criminosos, segundo um estudo recente divulgado pela Serasa Experian.

Não é difícil se tornar um alvo. Basta perder apenas um documento pessoal para dobrarem as chances de se tornar vítima de um golpe. Há ainda quem roube as informações das pessoas ao invadir computadores ou smartphones com a ajuda da instalação de vírus que chegam na forma de e-mails falsos, por exemplo.

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Desconfie especialmente daqueles que oferecem grandes descontos para a compra de celulares e outros produtos. Com o documento roubado, o criminoso pode abrir conta em banco, comprar aparelho de celular, financiar produtos ou usar o nome em empresas de fachada, que aplicam outros golpes.

“Os hackers também invadem sistemas públicos para conseguir dados pessoais. Há um mercado de compra e venda dessas informações na internet”, afirma o ex-hacker Daniel Nascimento, de 28 anos. Hoje consultor de segurança digital, ele foi um dos hackers mais atuantes do país.

Com 15 anos, invadiu servidores nacionais e estrangeiros, como os do governo, e atacou a rede da Telemar, concessionária de energia que deu origem à Oi, deixando a Região Nordeste sem internet por uma semana. Em 2005, foi preso pela Polícia Federal na Operação Pontocom. Sua história virou livro e irá para o cinema em 2018.

Agora, Nascimento usa seu conhecimento para ajudar pessoas e empresas a se proteger de ataques e explica como um criminoso pode escolher um alvo. “A escolha da vítima varia de acordo com o golpe que vai ser dado. Ele pode distribuir e-mails na internet para ver quem clica. Existem também golpes mais arquitetados, com investidores e pessoas com cargos de gestão”, afirma.

Segundo Nascimento, para se proteger dessas ações, a melhor solução é a prevenção, como usar senhas diferentes para cada tipo de serviço ou site e ter um antivírus atualizado. Além das medidas simples de segurança, existem outros serviços que podem ajudar. O Serasa Antifraude, por exemplo, faz o monitoramento de seu CPF e avisa sobre qualquer movimentação, como consultas de empresas para liberar crédito, aberturas de empresas e contas telefônicas.

Veja, a seguir, as dicas de Nascimento.

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