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Como as curtidas no Facebook interferem no seu bem-estar

Pesquisadores descobriram que quanto mais curtidas e comentários uma pessoa recebe, maior a probabilidade de que ela se sinta bem sobre si mesma

Facebook (Getty Images)

Facebook (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2014 às 08h16.

Você já colocou algum post no Facebook que mereceu poucas ou nenhuma curtida ou comentário? Você passou o resto do dia sentindo-se rejeitada, solitária e infeliz por causa disso?

Está bem. Na verdade, segundo a ciência, é totalmente normal.

Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, descobriram que quanto mais curtidas e comentários uma pessoa recebe, maior a probabilidade de que ela se sinta bem sobre si mesma. Infelizmente, o contrário também parece ser verdadeiro: quanto menos curtidas e comentários seu "status" receber, pior você se sentirá de modo geral.

As conclusões foram publicadas na edição de março de "The Social Influence Journal", uma publicação acadêmica revista por pares.

Para o estudo, intitulado "Ameaças à inclusão social no Facebook: espreita e ostracismo", os pesquisadores dividiram 79 estudantes da Universidade de Queensland em dois grupos. Um deles foi conduzido a publicar um status no Facebook que os pesquisadores garantiram que teria zero curtidas ou comentários, tornando-se secretamente invisíveis ao público. O outro grupo publicou um status que os pesquisadores garantiram que receberiam inúmeras curtidas e comentários.

Então os pesquisadores perguntaram aos participantes sobre sua sensação de inclusão, pertencimento, autoestima, controle, sentido de existência significativa e interesse percebido. O grupo que experimentou mais interação no Facebook teve notas mais altas em todas as categorias.

Não se preocupe: para garantir que nenhum dos sujeitos da pesquisa fosse para casa sentindo-se menos que estelar, os pesquisadores disseram aos participantes no final do estudo que as publicações que receberam zero respostas tinham sido programadas para ser invisíveis.

Segundo o relatório, "isso foi feito para garantir que os participantes não saíssem da sala afetados negativamente pelo ostracismo que podem ter experimentado".

A necessidade de relacionamentos interpessoais e validação social é bem documentada. Mas o estudo entra para uma lista crescente de outros que corroboram a hipótese de que nossas necessidades interpessoais nos acompanharam do mundo real para nossas vidas digitais.

Assim como na sala de aula ou na sala da diretoria, a importância da popularidade é muito real nas redes sociais. Por isso, lembre-se: enquanto sites como o Facebook nos dão mais um lugar para o convívio social, também fornecem uma plataforma para nos sentirmos rejeitados.

(De Carina Kolodny)

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