Tecnologia

Como a Tesla iniciou sua transição para se tornar uma empresa de serviços

Empresa de Elon Musk já vale mais do que gigantes tradicionais do setor automotivo. Receita pode aumentar ainda mais com a estratégia

BRUSSELS, BELGIUM - JANUARY 10:    Luxurious interior on a Tesla Model X full electric luxury crossover SUV car with a large touch screen and dashboard screen on display at Brussels Expo on January 10, 2018 in Brussels, Belgium. The Model X uses falcon wing doors for access to the second and third row seats. (Photo by Sjoerd van der Wal/Getty Images) (Sjoerd van der Wal / Colaborador/Getty Images)

BRUSSELS, BELGIUM - JANUARY 10: Luxurious interior on a Tesla Model X full electric luxury crossover SUV car with a large touch screen and dashboard screen on display at Brussels Expo on January 10, 2018 in Brussels, Belgium. The Model X uses falcon wing doors for access to the second and third row seats. (Photo by Sjoerd van der Wal/Getty Images) (Sjoerd van der Wal / Colaborador/Getty Images)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 08h00.

Última atualização em 23 de dezembro de 2020 às 14h12.

A Tesla é atualmente uma das maiores fabricantes de automóveis dos Estados Unidos. A empresa de Elon Musk. Em novembro, a companhia ultrapassou gigantes do setor em valor mercado e já vale mais de 600 bilhões de dólares. Para 2021, o plano deve ser o mesmo adotado por empresas como Microsoft e Apple: focar em serviços e não só na criação de novos produtos.

A partir do ano que vem, a companhia americana pretende disponibilizar a assinatura de um serviço de direção autônoma para os veículos da Tesla. Chamada de Full Self-Driving, a ferramenta de inteligência artificial é capaz de controlar o automóvel sem necessitar (muito) do condutor. A ideia é permitir que mais pessoas possam usar a tecnologia, que ainda está em fase de testes.

Até então, o Full Self-Driving seria ofertado apenas como um opcional da Tesla para os veículos e que custaria 10 mil dólares para ser instalado nos automóveis da empresa. Em uma comparação simples, é como se o usuário optasse por um câmbio automático e não um câmbio manual no veículo. Com o novo programa, o motorista poderia comprar ou alugar o recurso.

É importante destacar que esta é uma tecnologia diferente da utilizada no Autopilot. O recurso de piloto automático da Tesla funciona apenas em rodovias, enquanto o Full Self- Driving permite que o carro seja guiado dentro das cidades, onda há a necessidade de brecar mais vezes, respeitar sinalizações, lidar com obstáculos, entre outros pontos.

Ainda não há estimativas de quanto o serviço de aluguel vai custar.

Musk declarou recentemente que espera que o primeiro carro totalmente autônomo chegue às ruas em 2021. Vale lembrar que, ainda em 2018, Musk já havia previsto a entrega de 1 milhão de veículos completamente autônomos para o fim deste ano. Faltando menos de 10 dias para o fim do ano, essa previsão dificilmente vai se tornar realidade.

De qualquer forma, a criação de um serviço de assinatura mensal coloca a Tesla na mesma estrada em que outras gigantes da tecnologia já trafegam.

A Apple, que cresceu ao fabricar aparelhos como MacBooks, iPads e iPhones, faturou 53,7 bilhões de dólares nos primeiros nove meses do ano com serviços. O valor já representa uma parcela importante da receita total de 274,5 bilhões de dólares do período.

A Amazon é outro exemplo. A gigante do varejo não se contentou apenas em criar uma plataforma de e-commerce e já caminha em diversos outros segmentos. O serviço de computação em nuvem Amazon Web Services, por exemplo, representou uma fatia de 11,6 bilhões de dólares do trimestre encerrado em setembro. O total do período foi de 96,1 bilhões de dólares.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosCarros autônomosTesla

Mais de Tecnologia

CEO da Salesforce presentou a Apple com 'Apple Store'; entenda a relação de Benioff com Steve Jobs

Bluesky testa recurso de trending topics e promete implementação gradual

Computadores quânticos estão mais perto de nossa realidade do que você imagina

Proibição do TikTok nos EUA pode deixar 'buraco' no setor de compras via redes sociais