Como a internet das coisas está melhorando a saúde das pessoas
Que tal ser informado em tempo real sobre a sua saúde via celular ou tablet e, de quebra, obter dicas personalizadas de como se cuidar melhor? Tecnologias de internet...
Da Redação
Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 16h01.
Que tal ser informado em tempo real sobre a sua saúde via celular ou tablet e, de quebra, obter dicas personalizadas de como se cuidar melhor? Tecnologias de internet das coisas vêm avançando rapidamente na área de saúde e cuidados médicos, criando formas cada vez mais interativas e individuais de analisar a condição clínica dos pacientes.
Nessa área, surgem cada vez mais aparelhos com sensores sem fio e nanotecnologia que permitem medir a condição clínica dos usuários e enviam os dados a sistemas inteligentes capazes de capturar, analisar e guardar as informações em prontuários eletrônicos.
Samuel Rodrigues, analista de mercado da consultoria IDC, afirma que a grande vantagem da internet das coisas é colocar inteligência na automatização de processos. A saúde de um idoso, por exemplo, pode ser monitorada por dispositivos instalados dentro de sua casa e permitir aos médicos acompanhar sua rotina diária. Qualquer comportamento que saia do ritmo normal pode disparar um aviso, diz Rodrigues.
Por meio do conceito de conectividade entre máquinas e objetos, o mercado tem desenvolvido várias aplicações que monitoram as atividades das pessoas. Há sistemas que podem medir o consumo de medicamentos e avisar, por exemplo, quando eles estão acabando, exemplifica. Para isso, a indústria desenvolve tecnologias de radiofrequência e microssensores que começam a fazer parte das embalagens de remédios. Com um dispositivo móvel, será possível ler as bulas dos medicamentos e ser avisado sobre a dosagem e horário de aplicação.
As tecnologias vestíveis ( wearables ) também estão contribuindo muito para a expansão da internet das coisas. Camisas e tênis com sensores sem fio e nanotecnologia conseguem captar batimentos cardíacos durante uma atividade física ou no trabalho, calculando calorias queimadas e distâncias percorridas.
Todas as informações coletadas vão para um banco de dados na nuvem e, assim, alimentam o prontuário eletrônico pessoal do paciente. Os dados também servem para atualizar os registros do paciente no consultório do médico.
A inteligência gerada pela análise de dados abre novas possibilidades de tratamentos médicos e cuidados com a saúde. Por meio da medição do esforço físico, aplicativos podem recomendar ao usuário que vá para a cama mais cedo quando se verifica excesso de exercícios.
O desenvolvimento de tecnologias mais interativas está ligado à melhoria de produtividade, segundo Rodrigues. Um dos motivadores da área de saúde é evitar o deslocamento do médico até o paciente. Viabilizando o atendimento remoto de qualidade, seria possível ter menos médicos em um local, economizando espaço e recursos.
Com as novas tecnologias móveis de comunicação, o controle de saúde dos pacientes pode ser feito praticamente em tempo real. No ramo de cuidados médicos, a internet das coisas está ajudando a salvar vidas, ressalta Rodrigues.
É possível ser avisado, ao entrar em um supermercado, que determinada comida está acabando em sua casa. Mas é muito mais interessante saber se a sua pressão sanguínea recomenda mudar a dieta, por exemplo, diz o consultor da IDC. Nesse sentido, a tecnologia, além de facilitar o dia a dia, contribui para se viver com mais saúde.