São Paulo - O faturamento nominal do comércio eletrônico brasileiro subiu 26 por cento no primeiro semestre sobre igual etapa do ano passado, a 16 bilhões de reais, divulgou nesta quarta-feira a empresa de pesquisas e-bit , especializada em informações sobre o setor.
O avanço de dois dígitos contrasta com o desempenho do varejo como um todo, que, diante de um cenário de inflação e juros altos, vem perdendo o vigor mostrado nos últimos anos.
Segundo os últimos dados do setor divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do varejo tiveram alta de 5 por cento no acumulado do ano até maio.
Na visão do diretor executivo da e-bit, Pedro Guasti, fatores como promoções, entrega em casa com frete grátis e possibilidade de pesquisa virtual de preços vêm contribuindo para que o consumidor feche a compra pela Internet.
De janeiro a junho, o número de pedidos pelo canal cresceu 35,5 por cento, a 48,17 milhões, com tíquete médio de 333,40 reais.
Em comunicado, a e-bit estimou alta de 21 por cento no faturamento do comércio eletrônico em 2014, com registro de 104 milhões de pedidos no ano.
No primeiro semestre, somente, a categoria de moda e acessórios manteve a liderança conquistada há um ano nas vendas online no país, com participação de 18 por cento no volume total de pedidos.
A categoria de cosméticos e perfumaria/saúde apareceu em segundo (16 por cento), sendo seguida por eletrodomésticos (11 por cento) e livros/assinaturas e revistas (8 por cento).
As vendas fechadas por dispositivos móveis, por sua vez, passaram a responder por 7 por cento do total em junho, ante 3,8 por cento no mesmo mês de 2013.
O crescimento de 84 por cento reflete uma tendência no setor, diante do uso crescente de smartphones pelos brasileiros.
"A mobilidade vem ganhando atenção por parte das empresas, que percebem esta mudança no comportamento dos consumidores. Por conta disso, elas começam a desenvolver seus sites e aplicativos para atender a este canal", disse Guasti.
De acordo com a consultoria IDC, o número de smartphones vendidos no país ultrapassou a comercialização de aparelhos tradicionais pela primeira vez em 2013, alcançando 35,6 milhões de unidades.
Em 2015, o IDC estima que mais de 100 smartphones serão vendidos por minuto no Brasil, contra uma média de 68 aparelhos no ano passado.
- 1. Móveis online
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São Paulo – Há alguns anos, os consumidores se limitavam a comprar livros e CDs pela internet. Hoje, há quem compre até sofás e móveis. De olho neste mercado, os sites de venda de móveis e
decoração têm se multiplicado. Com o atrativo do design ou da produção sustentável, essas empresas tentam passar a barreira de ganhar confiança do cliente. Segundo os
empreendedores , além do investimento relativamente alto, este tipo de negócio lida com o desafio de fazer a logística trabalhar a favor do lucro. Veja nas fotos a seguir as histórias de cinco
startups que vendem móveis pela internet.
- 2. SDOnline Fernanda Marques
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A arquiteta Fernanda Marques se juntou a Renata Marques Ruhman e Alessandra Campiglia para colocar no ar o site SDOnline Fernanda Marques, em setembro do ano passado. “Participando desse mundo, principalmente do setor imobiliário que nos últimos anos a gente viu um boom em termos de lançamento, ficou muito clara a intenção de uma série de pessoas em consumir design. Através do site, eu vi uma possibilidade de atender um público muito maior do que através do meu escritório”, diz Fernanda. Para ela, a principal barreira ainda é cultural. “Para mim, o e-commerce ainda está nascendo e amadurecendo no Brasil”, explica. Até agora, a loja virtual faturou 1 milhão de reais e projeta um crescimento de mais de 30% ao mês. Entre as marcas vendidas, estão Artefacto, Urban e Trussardi.
- 3. Mobly
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No ar desde novembro do ano passado, o site Mobly é uma das startups do grupo Rocket Internet no Brasil. Victor Noda, CEO da loja virtual, conta que percebeu a oportunidade de negócio ao acompanhar um aporte do site americano Wayfair. “Era um mercado que estava ganhando espaço lá fora e tinha players de lojas físicas com sites muito pobres por aqui. O que eu vi como uma vantagem competitiva nossa era ter o capital da Rocket, já que a operação é muito complexa, principalmente de logística”, conta Noda. Nos últimos três meses, o site vendeu mais de 120 mil produtos. Para ele, um dos desafios é ganhar a confiança do consumidor. “O consumidor ainda tem um pouco de receio de comprar online. Para quebrar isso, a gente trabalha em tentar oferecer frete grátis e capricha muito na descrição e nas imagens”, explica.
- 4. Le Design
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Até março deste ano, a Le Design trabalhava exclusivamente com o mercado de incorporação, fornecendo móveis para apartamentos decorados de construtoras, por exemplo. Segundo Gustavo Gonçalves, proprietário da empresa, as vendas pela internet vieram para segmentar a atuação. “Foi o crescimento do comércio eletrônico no Brasil que impulsionou a ampliação da nossa área de atuação”, conta. Ele classifica o segmento como novo, em fase de crescimento e de conquista da credibilidade do consumidor. “Logística é um desafio, porque muita coisa você não consegue mandar pelo correio pelo tamanho. É algo a ser pensar também como fazer o cliente enxergar como o produto vai ficar no ambiente”, diz. Com previsão de faturamento de 3 milhões de reais, a loja online deve representar 7% do total de vendas da empresa neste ano.
- 5. Meu Móvel de Madeira
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Criada em 2006, a Meu Móvel de Madeira nasceu como um braço da Celulose Irani. A empresa vende apenas produtos com madeira maciça, vindos de floresta plantada. Só neste ano, o site lançou 360 novos produtos. Mensalmente, 1400 clientes compram na loja, 45% a mais do que em 2011. “A revolução deste mercado tem acompanhado a evolução do e-commerce brasileiro”, explica Ronald Heinrichs, diretor de móveis da empresa. Com faturamento de 14 milhões de reais em 2011, a empresa foca no público das classes B e C e estuda novas formas de lidar com os problemas de entrega. “Hoje nós temos serviços próprios de atendimento e deixamos de lado as operadoras para fazer a entrega com uma frota própria”, diz. Segundo o executivo, a entrega de móveis exige cuidados especiais que as transportadoras não costumam ter.
- 6. Oppa
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Criado no final do ano passado, o site Oppa chegou ao mercado amparado pelo capital dos fundos Monashees Capital, Kaszek Ventures e Thrive Capital. O site foca no design diferenciado dos produtos para crescer e, para isso, mantém um estúdio de criação e a colaboração de designers. O Estúdio Oppa trabalha na criação de novos produtos e também na viabilização de projetos de estudantes. À frente do negócio, está o alemão Max Reichel. Para ele, as vendas online são uma forma de ampliar o acesso dos consumidores a peças com estilo e design.
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